quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PAPA PREPARA CAMINHO PRO ANTICRISTO

PONTIFÍCIO CONSELHO JUSTIÇA E PAZ anuncia o reinado do Anticristo
Conforme anunciado anteriormente, o candidato a falso profeta, o Papa Bento XVI, através do Pontifício Conselho, apresenta o perfil do seu parceiro (o Anticristo) na governança global durante a instalação da Nova Ordem Mundial de Baha'u'llah. Abaixo segue uma análise do texto com alguns comentários (o texto está em português de Portugal) : NOTA DO PONTIFÍCIO CONSELHO JUSTIÇA E PAZ – Para uma reforma do sistema financeiro e monetário internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal. 3. O governo da globalização "…A finalidade da Autoridade pública, já recordada por João XXIII na Pacem in terris, consiste antes de tudo em servir o bem comum…" Comentário: João XXIII nasceu no século 19. Isso mostra que o Vaticano vem trabalhando pelo reinado do Anticristo e do cristo cósmico Baha'u'llah durante muitos anos. "…mercados livres e estáveis, disciplinados por um adequado quadro jurídico…" Comentário: Esse quadro jurídico que Bento está falando refere-se aos nove mestres eleitos que juntos formarão a Besta do Mar ou de 10 chifres, que também contarão com um Tribunal Mundial. "…deveria surgir de um processo de amadurecimento progressivo…" Comentário: O perfil do Anticristo é de alguém jovem que subirá ao cargo de forma gradativa e isso está de acordo com o executivo mundial de Baha'u'llah. As profetadas católicas já falam da parceria com um dos príncipes Ingleses e o Papa abertamente na internet. "…O consenso deve dizer respeito a um número cada vez maior de países…" Comentário: Aqui vemos o papel da ONU já transformada em um Parlamento Mundial. "…As suas decisões não deverão ser o resultado do pré-poder dos países mais desenvolvidos sobre os países mais débeis…" "…De igual modo, os Governos não devem servir incondicionalmente a Autoridade mundial. Ao contrário, é ela que se deve pôr a serviço dos vários países membros…" Comentário: Essa é uma das táticas mais podres de um governo totalitário. No futuro o Anticristo, o Falso Profeta e a Besta de dois chifres darão ordens para que as pessoas coloquem a marca do cristo cósmico Baha'u'llah para salvar lugares destruídos como a África. É isso que o Pontifício chama de economia centralizada em nome do bem comum da humanidade. "…Na tradição do Magistério da Igreja, retomada com vigor por Bento XVI,(16)o princípio de subsidiariedade deve regulamentar as relações entre Estado e comunidades locais, entre Instituições públicas e Instituições privadas, sem excluir as monetárias e financeiras…" Comentário: Segundo o Papa, o Anticristo deve continuar com as privatizações do sistema capitalista conhecido como o Estado Mínimo de Keynes (educação e saúde), onde a função do governo, para uma suposta segurança, é bater e matar através de leis globais todos os que se oporem ao sistema de governo. "…Contudo, ainda resta a percorrer um longo caminho antes de chegar à constituição de uma tal Autoridade pública de competência universal. A lógica pretenderia que o processo de reforma se desenvolvesse tendo como ponto de referência a Organização das Nações Unidas…" Comentário: O Papa e o Pontifício partem do princípio de que tudo deve estar organizado na ONU para a chegada do Anticristo e o que acontecerá será exatamente ao contrário. Crises de todos os tipos e uma total decadência moral e social são sinais que antecedem o seu governo, além disso ele será revestido pelo poder espiritual do cristo cósmico Baha'u'llah quando o mesmo sair do abismo. "…o primeiro é uma diminuição gradual da eficiência das instituições de Bretton Woods, a partir dos primeiros anos Setenta. Em particular, o Fundo Monetário Internacional assumiu um carácter essencial para a estabilidade das finanças mundiais, o de regular a criação global de moeda e de vigiar sobre o montante de risco de crédito assumido pelo sistema. Em conclusão, já não se dispõe daquele «bem público universal» que é a estabilidade do sistema monetário mundial…." Comentário: A primavera árabe que iniciou nos EUA tem como objetivo tirar o sistema econômico de Bretton Woods. Esse tipo de economia sem lastro em ouro permite aos EUA digitar números em contas bancárias como empréstimos até que recebam com juros um dinheiro que não possuem. No lugar desse sistema entra uma economia eletrônica com lastro em outro voltada ao tal bem comum e os empréstimos serão distribuídos de acordo com a nova reforma do FMI. "…Trata-se de um processo que deve incluir também os países emergentes…" "…Neste processo é necessário recuperar a primazia do espiritual e da ética e, com eles, a primazia da política — responsável do bem comum — sobre a economia e sobre as finanças…" Comentário: A nova política do FMI sobre os países que vão ter o controle dos empréstimos possuirá os emergentes; mas o destaque desse trecho vai para os valores espirituais da economia, onde o falso Profeta e a Besta de Dois chifres farão uma parceria com o Anticristo promovendo a adoração ao cristo cósmico Baha'u'llah e à Rainha dos Céus (esse é mais um bem comum da futura sociedade global). Essa adoração universal está descrita na profecia abaixo: E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. (Apocalipse 13 : 12) "…sobre medidas de aplicação de taxas das transações financeiras, mediante impostos equitativos, mas reguladas com encargos proporcionados à complexidade das operações, sobretudo das que se efectuam no mercado «secundário». Este modo de imposto seria muito útil para promover o desenvolvimento global e sustentável segundo princípios de justiça social e da solidariedade; e poderia contribuir para a constituição de uma reserva mundial, para apoiar as economias dos países atingidos pela crise, assim como o saneamento do seu sistema monetário e financeiro…" Comentário: O imposto global (uma espécie CPMF) ordenado por Baha'u'llah é algo parecido com a Taxa Jobim, onde os produtos terão os seus preços terminados em 9 (exemplo $12,99). Esse um centavo irá para o fundo de combate à pobreza, onde teremos uma espécie de Bolsa Família global. Isso fará com que os pobres nunca melhorem de vida e vivam com migalhas do governo, desde que gerem muitos escravos (filhos) para que o sistema continue. A parte mais grave desse documento está na interpretação de Gênesis sobre a Torre de Babel. O Papa e esse Pontifício não entendem que a unificação dos povos é algo não aprovado por Deus . Para eles o que estava errado era apenas o sentimento egoísta dos moradores: "…A Bíblia, com a narração da Torre de Babel (Génesis 11, 1-9) adverte sobre como a «diversidade» dos povos se possa transformar em veículo de egoísmo e instrumento de divisão. .. A imagem da Torre de Babel adverte-nos também que é preciso evitar uma «unidade» só aparente, na qual não cessam egoísmos e divisões, porque os fundamentos da sociedade não são estáveis… " É incrível como as autoridades espirituais (católicas e protestantes) são cegas e não conseguem entender a verdade. Em outro post vimos a cegueira espiritual protestante do "apóstolo estevam" em ir orar no santuário do Báb em Haifa. E ainda distorcem as escrituras como bem querem e levam muitos ao abismo do erro devido ao seu status de liderança. Mas Deus sempre revela os seus planos para os pequenos e rejeitados desse mundo: Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. (Mateus 11 : 25) Como é difícil para esses líderes entenderem que o responsável pela unificação do mundo é o soberbo descrito por Habacuque: Tanto mais que, por ser dado ao vinho é desleal; homem soberbo que não permanecerá; que alarga como o inferno a sua alma; e é como a morte que não se farta, e ajunta a si todas as nações, e congrega a si todos os povos. (Habacuque 2 : 5) Ora, será que existe algo mais soberbo do que alguém se chamar de Glória de DEUS? É assim que falamos o nome de Baha'u'llah em português. Se você ainda duvida que Baha'u'llah cumpre a profecia descrita em Habacuque 2:5, basta ler o texto abaixo: "88. Dai ouvidos, ó Governantes da América e Presidentes das suas Repúblicas, ao que chilreia o Pombo no Ramo da Eternidade: "Não há outro (..) além de Mim, o Imutável, o Perdoador, o Todo-Generoso." Adornai o templo da soberania com o ornamento da justiça e do temor (..) Assim vos aconselha Aquele que é a Aurora dos Nomes, conforme ordenado por Ele, o Conhecedor de tudo, o Onissapiente. O Prometido surgiu nesta Condição excelsa, ante cuja visão regozijaram-se todos os seres, visíveis e invisíveis (..) Verdadeiramente, não há outro (..) senão Eu, o Senhor da Expressão, o Onisciente…" (Kitáb-i-aqdas – Baha'u'llah) Que a verdade sobre a Nova Ordem Mundial seja dita doa a quem doer! Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade? (Gálatas 4 : 16) http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20111024_nota_po.html

O VATICANO FOI A MAIOR APOIADOR DE HITLER

Em 20 de julho de 1933, o interesse do Vaticano no crescente poder do nazismo se demonstrou quando o Cardeal Pacelli (que mais tarde se tornou o Papa Pio XII) assinou em Roma uma concordata entre o Vaticano e a Alemanha nazista. Von Papen assinou o documento como representante de Hitler, e Pacelli conferiu ali a Von Papen a alta condecoração papal da Grã-Cruz da Ordem de Pio. Tibor Koeves, no seu livro Satan in Top Hat (Satanás de Cartola), escreve sobre isso, declarando: “A Concordata foi uma grande vitória para Hitler. Deu-lhe o primeiro apoio moral recebido do mundo exterior, e isto da fonte mais elevada.” A concordata exigia que o Vaticano retirasse seu apoio do Partido do Centro, católico, da Alemanha, aprovando assim o “estado total” de Hitler, de um só partido. Além disso, o Artigo 14 declarava: “As nomeações de arcebispos, bispos e semelhantes só serão efetivadas depois de o governador, empossado pelo Reich, ter devidamente verificado que não haja dúvida com respeito a considerações políticas gerais.” Até o fim de 1933 (proclamado “Ano Santo” pelo Papa Pio XI), o apoio do Vaticano havia-se tornado um dos grandes fatores no empenho de Hitler pela dominação do mundo.

(a grande mentira )Papa reafirma que só Igreja Católica pode interpretar a Bíblia

apa Bento XVI reiterou com firmeza, em um encontro com estudantes e professores do Pontifício Instituto Bíblico, que apenas a Igreja Católica pode interpretar "autenticamente" a Bíblia. "À Igreja é destinado o trabalho de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita e transmitida, exercitando a sua autoridade em nome de Jesus Cristo", defendeu o papa, ao se reunir com cerca de 400 estudantes, funcionários e docentes em comemoração aos cem anos da fundação da entidade pontifícia. Bento XVI também destacou que, sem a fé e a tradição da Igreja, a Bíblia torna-se um livro "lacrado". "Se as exegeses querem ser também teologia, é preciso reconhecer que a fé da Igreja é aquela forma de simpatia, sem a qual a Bíblia torna-se um livro selado: a tradição não fecha o acesso à Escritura, mas, sobretudo, o abre", disse. De acordo com o pontífice, "por outro lado, é da Igreja, nos seus organismos institucionais, a palavra decisiva na interpretação da Escritura", sendo esta "uma única coisa a partir de um único povo de Deus, que tem sido seu portador através da história". "Ler a Escritura com união significa lê-la a partir da Igreja como seu lugar vital e acreditar na fé da Igreja como a verdadeira chave da interpretação", explicou Bento XVI. O papa relembrou também que o aumento do interesse pelo livro sagrado católico no decorrer deste século ocorreu graças ao Concílio Vaticano II, especificamente à constituição dogmática Dei Verbum sobre a Revelação Divina. Entre os presentes na reunião estavam o prefeito da Congregação para a Educação Católica, cardeal Zenon Grocholewski, e o padre Adolfo Nicolás Pachón, da Companhia de Jesus.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Juventide de beberões irresponsaveis viciados em drogas

O futuro desse país está defasado. A frase é forte, mas parte de uma situação que chega a ser constrangedora para um país do porte do Brasil. Além de ter governantes incompetentes, tem uma juventude incompetente, desmotivada, sem visão de futuro. Gargalos que impõe barreiras para o crescimento vigoroso de qualquer nação, e que prejudica seriamente a situação brasileira de país emergente. Não existem movimentos de juventude que não sejam oportunistas, não há líderes que não sejam fajutos, não existem jovens realmente preocupados com o futuro da nação, e sim se preocupam com suas ideologias baratas vendidas por pessoas que são ou foram verdadeiros “lobos em pele de cordeiro”. Naturalmente existem exceções, para alívio geral. Contudo, por trás desse cenário imposto de desenvolvimento e crescimento está uma juventude brasileira que engatinha ao invés de dar passos largos. A esmagadora maioria dos jovens se preocupa com futilidades que não servirão para nada; preferem as festas aos estudos; bebem feito beberrões inconsoláveis; são mal educados e extremamente despreparados; e alguns deles, quando se destacam, conseguem por tentar impor uma autoridade que não lhe é devida, com poucos argumentos e muitos gritos sem razão. Infelizmente são desmotivados e só abraçam causas que sejam amplamente benéficas para seus interesses ou do grupo da qual fazem parte. Jovem brasileiro que saiba falar (bem) uma língua estrangeira é raro, não conhecem nem o seu próprio idioma; quer saber de política sempre que um deslumbrado lhe mostra conquistas de revoluções estapafúrdias em nome do “clamor popular”, e nestes momentos mostra a total imaturidade: lutam por uma causa que nem sabem da onde veio e nem para onde vai, mas o ideal mantém vivo. Pouco conhece sobre sua história, seu povo e sua raça; a leitura é um tédio; uma partida de xadrez ou alguma atividade que exija pensar é pior ainda, até porque os neurônios mal funcionam. E o pior de tudo, é quando chega ao ponto da hipocrisia juvenil: gritam nas ruas em favor de algo que abominam fora delas; tratam mal os professores e os pais, mas no momento de requerer auxílios estão sempre prontos para o diálogo e para a persuasão. Qual a razão de observar a juventude atual? Deve-se ao simples fato de que no futuro será essa juventude que estará na linha de frente da sociedade brasileira. E jovem que quer crescer de verdade não é aquele que prioriza as ruas, os protestos escandalosos e as festas. O jovem que vai estar preparado é aquele que está nas bibliotecas, nas salas de aula, pesquisando, estudando, tentando encontrar caminhos para mudar o que está errado, realizar seus sonhos. O Brasil precisa de pessoas centradas, que não se iludam facilmente, que sejam íntegras e dedicadas. Nunca se chegará ao fator de ser potência mundial com uma sociedade que está condicionando o futuro da pátria a ideias inconcebíveis, ao ostracismo, à demagogia. Juventude tem que lutar pelo interesse coletivo sem hipocrisia, tem que pensar menos na diversão do final de semana e passar a estruturar seu futuro, sem esquecer, é claro, dos pequenos detalhes que a vida oferece, mas sendo mais objetivo em seu modo de viver. Uma readequação completa dos anseios da nação brasileira para as gerações futuras pode ajudar na redefinição do espírito juvenil, que precisa urgentemente melhorar. A cada dia que passa se torna uma obrigação confiar em um país que oferece oportunidades maiores, e o resultado de um trabalho sério e maduro, colocará o Brasil no rumo certo. Os desafios são vários e já foram lançados. O tempo será o responsável por dizer se o que é semeado atualmente renderá bons frutos futuramente. Indagações não faltarão quando as consequências se tornarem efetivas: país desenvolvido é país com visão de futuro. Formar esse futuro de forma coerente é o caminho. Induzir ao estudo, à valorização da moralidade e ao permanente bom senso são atitudes que devem ser tomadas rapidamente. A juventude está se esfacelando na raiz de uma sociedade que tem seu centro de atenção no futebol, na cerveja e no samba, que pouco sabe de cultura e outros temas relevantes. O choque nesta estrutura deve ser feito. Ou se muda agora, ou o Brasil amargará muitos anos na penúria de uma situação constrangedora e humilhante./

domingo, 16 de setembro de 2012

Vítimas de pedofilia denunciam Papa ao Tribunal Penal Internacional

Organização entrou com ação para que Papa seja julgado por crimes. À queixa se somam 10 mil páginas de documentação de casos de pedofilia. Da France Presse imprimir Uma associação americana de vítimas de padres pedófilos anunciou nesta terça-feira (13) ter apresentado uma queixa ante o Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Papa Bento XVI e outros dirigentes da Igreja católica por crimes contra a humanidade. Os dirigentes da associação SNAP, orientados pelos advogados da ONG americana "Centro para Direitos Constitucionais", entraram com uma ação para que o Papa seja julgado por "responsabilidade direta e superior por crimes contra a humanidade por estupro e outras violências sexuais cometidas em todo o mundo". À queixa acrescentaram 10.000 páginas de documentação de casos de pedofilia. A organização acusa o chefe da Igreja católica de "ter tolerado e ocultado sistematicamente os crimes sexuais contra crianças em todo o mundo."
A SNAP possui membros nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Bélgica, quatro países muito afetados pelo grande escândalo de pedofilia que envolve a Igreja. "Crimes contra a dezenas de milhares de vítimas, a maioria crianças, foram escondidos pelos líderes nos mais altos níveis do Vaticano. Neste caso, todos os caminhos levam a Roma", declarou a advogada Pamela Spees. Os bispos e, em alguns casos, o próprio Vaticano rejeitou ou ignorou muitas das queixas das vítimas de padres pedófilos. O escândalo desacreditou a Igreja em vários países na Europa. O Papa Bento XVI expressou sua vergonha e pediu desculpas, apelando para a tolerância zero contra os pedófilos. Ele também pediu aos bispos do mundo, que têm a responsabilidade primária sobre seus sacerdotes, a plena cooperação com os tribunais criminais. A SNAP não acredita nesse desejo de transparência e justiça, e não moderou suas acusações, O papa é um ipocrita e mentiroso filho da perdiçao

POR QUE TANTOS PADRES SÃO PEDÓFILOS?

Por que a instituição que mais prega a castidade e a retidão moral é palco de tantos escândalos sexuais? A porta dos fundos da Santa Madre Igreja está aberta. É hora de entrar e conferir a podridão do Vaticano.
Idade: 7, 8, 9, 10. Sexo: masculino. Condição social: pobre. Condições familiares: de preferência, um filho sem pai, sozinho – ou com uma irmã. Onde procurar: nas ruas, escolas, famílias. Como fisgar: aulas de violão, coral, coroinha. Importantíssimo: prender a família do garoto. Possibilidades: garoto carinhoso, carente de pai. Sem moralismo. Atitudes minhas: ver do que o garoto gosta e atendê-lo em cobrança à sua entrega a mim. Como me apresentar: sempre seguro, sério, dominador, pai. " Você acaba de ler o diário de um padre condenado a 15 anos de prisão por abusos sexuais: Tarcísio Tadeu Sprícigo. Em 2000, na cidadezinha de Agudos, São Paulo, ele ensinava música para um garoto de 9 anos. Essa era a fisgada. O pagamento? Favores sexuais, prestados durante um ano. Feitas as primeiras denúncias, em 2001, a Igreja o transferiu para Anápolis, Goiânia. Lá, a história se repetiria com mais duas crianças – uma de 13 anos, outra de 5. Bizarro. Mas nada incomum. Escândalos assim têm acontecido nos últimos anos, no mundo todo. Só nos EUA, único lugar com estatísticas concretas sobre padres que cometeram abusos sexuais, 4 392 sacerdotes católicos foram denunciados por esse tipo de crime entre 1950 e 2002. Isso dá 4% do total de pessoas que exerceram o sacerdócio no país nesse período. Um número alto, ainda mais tendo-se em mente que menos de 1% da população pode ser classificada como pedófila. Os casos com crianças são os mais visíveis entre os que envolvem a sexualidade dos padres. Mas não faltam exemplos em outras searas. Há estimativas, veja só, de que metade dos sacerdotes brasileiros tenham amantes. Boa parte deles, homens. E denúncias de que o Vaticano abriga uma grande comunidade gay, com chefões da Igreja fazendo sexo sadomasoquista. Também existem milhares de sacerdotes que largam a batina a cada ano para casar e ter filhos. E os que matam os filhos para não ter de largar a batina. Isso é um pouco do que você vai ver nestas páginas. O sexo dos anjos A bomba sobre a sexualidade dos padres estourou lá fora em 2004, com a publicação do Relatório John Jay – um estudo encomendado pela própria Confederação de Bispos Católicos dos EUA à Faculdade de Justiça Criminal John Jay, de Nova York. Foi de lá que saiu o dado sobre a existência de milhares de padres acusados de pedofilia no país. Tudo apurado a partir de acusações feitas às dioceses, não à polícia. A iniciativa de pedir o relatório foi o ponto culminante de um escândalo que tinha começado dois anos antes, quando o então arcebispo de Boston, cardeal Bernard Law, confessou ter protegido um padre que, sabia ele, tinha molestado crianças. Daí para a frente acusações e processos se avolumaram, trazendo à tona casos que tinham acontecido desde a década de 1940. E agora o assunto volta aos holofotes por aqui. Imagine um dos mais respeitados defensores dos Direitos Humanos no Brasil. Um protetor de moradores de rua, de internos da Febem e de crianças soropositivas, admirado pelos movimentos sociais. Padre Júlio Lancelotti. Na metade de outubro, ele denunciou o ex-interno Anderson Marcos Batista, de 25 anos, e sua mulher, Conceição, de 44, ambos com antecedentes criminais por acusações de furto e tráfico. Em 3 anos, o casal extorquiu do padre R$ 150 mil – ou R$ 600 mil, segundo o próprio Batista. Uma das compras do ex-interno foi uma picape Pajero, em que colou um adesivo – “Deus é fiel”. Para conseguir o dinheiro, o casal fez uma série de ameaças. Uma delas, denunciar à imprensa que Lancelotti teria abusado sexualmente do filho de Conceição, de 8 anos. De vítima, o padre virou acusado. Foi na Febem que o padre conheceu Batista, então internado por roubo. Lá, diz ter sido abusado pelo padre aos 16 anos. Batista afirma que, depois de liberado, manteve um relacionamento sexual de 8 anos com o padre, em troca de dinheiro. Não há provas dessas acusações, tampouco o padre apresentou explicações convincentes sobre a origem do dinheiro. E, ao ser indagado sobre o que o levou a pagar Batista por 8 anos, disse que “era para mudá-lo pelo bem, não pela força”. No fim das contas, a história parece toda mal contada, em ambos os lados. E pode muito bem refazer o trajeto do famoso caso da Escola Base, em São Paulo quando os donos do colégio foram falsamente acusados de violentar seus alunos. Apesar da falta de provas, a imprensa divulgou o caso com estardalhaço. A escola fechou. Aí, depois que o mundo dos acusados já tinha caído, a polícia concluiu que todos eram inocentes. É possível que isso se repita com o padre Júlio. Que ele nunca tenha molestado uma criança. Mas, seja qual for o desfecho dessa história, ela é só mais uma entre tantas acusações de cunho sexual contra sacerdotes da Igreja Católica. E o problema não é só com eles: tribunais de Justiça dos EUA e da Irlanda já decidiram que a Igreja, como instituição, é tão responsável quanto os padres pelos crimes que eles cometeram. No ano passado, 14,7 mil crianças irlandesas receberam um total de 1,3 bilhão de euros em indenizações por terem sofrido violências sexuais nas mãos de padres. Nos EUA, a arquidiocese de Boston foi condenada em 2002 a pagar US$ 85 milhões a 552 vítimas. Em 2007, a de Los Angeles desembolsou mais ainda: US$ 600 milhões, para 500 pessoas molestadas por sacerdotes. Além disso, escândalos se avolumam até nas altas cúpulas: o cardeal austríaco Hans Hermann Groër, chefe da Igreja de seu país, e o arcebispo George Pell, da Austrália, chegaram a se afastar dos cargos nos últimos anos após acusações de pedofilia. É evidente, também, que a Igreja Católica não detém o monopólio dos escândalos sexuais. No Sri Lanka, por exemplo, um monge budista se matou após ser condenado a 20 anos por pedofilia. Nos EUA, um rabino de Nova York foi preso em 2006, acusado de molestar crianças. Mesmo assim, não dá para negar a associação entre padres e abusos sexuais. E a pergunta é óbvia: por que, num ambiente que prega a castidade e a retidão moral, isso acontece tanto? motivação Há várias hipóteses possíveis, nenhuma excludente. Número 1: falta de punição. Os líderes locais da Igreja abafam os casos, deixando os abusadores livres da Justiça comum. Nisso eles ficam soltos para continuar praticando crimes. Dos 4 392 padres acusados no Relatório Jonh Jay, por exemplo, só 14,1% foram denunciados à polícia. O resto das acusações morreu dentro das dioceses, acobertado por líderes como o cardeal Bernard Law. O caso do padre Tarcísio também ilustra isso. Em vez de denunciá-lo à Justiça, seus superiores apenas transferiram-no de paróquia. E ele pôde continuar agindo. Número 2: o padre é uma figura respeitada no seu círculo social. Um criminoso de batina, então, tem grandes chances de se aproveitar desse poder. É o que fez Hélio Alves de Oliveira. O padre Helinho dirigia um colégio católico em Rio Claro, São Paulo. Em 2004, ele foi condenado a 16 anos de prisão por atentado violento ao pudor. Helinho abusava de 3 meninos que tinham entre 8 e 10 anos. As crianças tendiam a obedecê-lo e ficar em silêncio. A 3º hipótese é o celibato, uma das mais polêmicas instituições da Igreja. E uma das mais antigas. A origem dela se confunde com a das próprias religiões. Sua função, historicamente, é fazer com que o religioso se desapegue do mundo material. Ela está no hinduísmo, que tem 5 mil anos de história, por exemplo. O budismo, que começou por volta do ano 500 a.C., teve seus primeiros dias como uma ordem de monges que via no celibato uma forma de eliminar o desejo – e, de quebra, o sofrimento com as frustrações. Na Europa, o celibato existe pelo menos desde a Antiguidade Clássica, seja entre filósofos, como Pitágoras – ele acreditava na falta de sexo como uma forma de alcançar o equilíbrio –, seja entre sacerdotes de cultos arcaicos, como o maniqueísmo e o hermeticismo. E no fim das contas chegou aos cristãos. Em boa parte, por influência de um homem que louvava o celibato, o apóstolo Paulo de Tarso, maior divulgador do cristianismo durante o século 1. No ano 306, o concílio regional de Elvira reformulou as leis da cristandade e decretou que, mesmo casados, padres e bispos deveriam abster-se do sexo. Dezenove anos depois, outro concílio, o de Nicéia, proibiu que padres vivessem com mulheres que não fossem sua mãe, irmã ou tia. Mas o casamento só foi abolido de vez depois que o papa Gregório 7º reforçou a imposição ao celibato, a partir de 1074. A instituição nunca deixou de ser questionada, claro. Principalmente na Reforma Protestante, dos séculos 16 e 17. Para os reformadores, além de ir contra os ensinamentos bíblicos, o celibato era uma das causas para “abominações e más condutas sexuais” dentro do clero. Vida sem sexo Aqui é preciso abrir um parêntese na história da Igreja para ouvir o que a ciência tem a dizer. Você sabe: a idéia do celibato parece totalmente contra a natureza. Para o grosso da população mundial, passar o resto da vida sem sexo não fica atrás de ser condenado à prisão perpétua. Mas e aí? Dá mesmo para viver sem sexo? “Dá, sim”, diz o psicoterapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. “Se uma pessoa tem um projeto de vida racional que implique celibato, ele é viável. Não atrapalha.” A estimativa é que 2,5% dos homens e 7,7% das mulheres escolheram o celibato como modo de vida. “E eles fizeram isso porque não sentem necessidade de atividade sexual. São pessoas para quem o sexo não tem apelo. Esse dado precisa ser levado em conta, porque mostra que nem para todos o celibato é um sacrifício”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, da USP, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex), que chegou a esses números. Por esse raciocínio, o celibato funciona se a grande motivação para ele for o desejo de não fazer sexo. Ok. Mas não é o que acontece na Igreja. Quem vira padre o faz porque quer dedicar sua vida a fazer o bem; porque sente prazer em ajudar; porque quer dar conforto espiritual. A princípio, ninguém parte para o sacerdócio porque não quer transar nunca mais. Mas não há escolha. O celibato na Igreja é uma condição, não uma opção. Os números falam por si. Se existem 400 mil padres hoje no mundo, também há 150 mil pessoas que largaram a batina para casar. E mais: “No Brasil, cerca de 50% dos sacerdotes teriam amantes. Esta prática de não cumprir o voto de castidade está se espalhando pela Europa e pelos EUA”, disse o teólogo Aldo Natale Terrin, da Universidade Católica de Milão, à rede britânica BBC. E emendou: “As autoridades eclesiásticas erram ao afastar os casados do sacerdócio e manter os que cometem abuso sexual e pedofilia”. Mas alguns sacerdotes que furam o bloqueio não têm estrutura para encarar as conseqüências. Foi o que aconteceu com o padre mexicano Dagoberto Arriaga. Sua fuga do celibato lhe rendeu um filho. Com medo de ser expulso da Igreja, ele matou a criança em 2005. Acabou condenado a 55 anos de prisão. Com uma realidade dessas, o Vaticano deve estar mudando a cabeça em relação ao celibato, certo? Errado. No fim de 2006, o cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes, considerado progressista dentro da Igreja, foi transferido para Roma, como chefe da Congregação para o Clero no Vaticano. Sua tarefa era cuidar de problemas relacionados ao comportamento de padres. Numa entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que “apesar de o celibato fazer parte da história e da cultura católicas, a Igreja pode reverter essa questão”. Mas estamos em tempos de conservadorismo no Vaticano. Bento 16, lembre-se, prega a castidade não só entre os sacerdotes mas entre os fiéis também. Todo mundo só devia transar para se reproduzir, diz o papa. Baita saia-justa defender o fim do celibato numa situação dessas. Hummes até precisou se retratar ao Vaticano, dizendo que o assunto não está em discussão. Mas deveria estar. É o que pensa Eliana Massih, psicóloga do Instituto Terapêutico Acolher, uma instituição autônoma que se dedica a aconselhar padres pedófilos: “Quando se propõe a vida celibatária, a idéia é que a falta de sexo seja compensada pela vida comunitária. Mas isso nem sempre acontece”, afirma. E completa: “Há pessoas que têm vocação para o sacerdócio, mas não para o celibato”. Rodrigues concorda: “O celibato imposto provoca frustração, incômodos, mal-estar. E, conseqüentemente, ansiedade e um estresse crônico”. Certo. Mas existe outro problema. Ainda mais grave.
Em pele de cordeiro A imposição do celibato e a pedofilia podem andar de mãos dadas. Expliquemos. A idéia de não fazer sexo é um potencial atrativo para gente que quer fugir da própria sexualidade. Essas pessoas são aquelas com “conflitos sexuais”, como dizem os psicólogos. Pode ser um homossexual que acha sua preferência um pecado ou um pedófilo que não compreende seu desejo por crianças, por exemplo. “Esses conflitos podem fazer com que pessoas busquem ordens religiosas onde o celibato é obrigatório para se livrar do mal-estar que sentem”, diz Rodrigues. Juntar essas contradições internas ao estresse do celibato é uma mistura explosiva. E ajuda a explicar por que existem tantos escândalos de pedofilia na Igreja. Mas não é o suficiente. Para entendermos melhor o fenômeno, temos de olhar para as circunstâncias em que os abusos contra crianças acontecem. Os atos de pedofilia não ocorrem na calada da noite, numa rua deserta. Os abusadores precisam ter acesso à intimidade da vítima e à confiança das pessoas em volta. Por isso aparentam ser pessoas sérias – afinal, quem vai confiar o filho a alguém que pareça um... pedófilo? Eles são, em geral, ou do círculo familiar – pai, parentes, vizinhos – ou profissionais insuspeitos, com livre acesso às crianças e posição de responsabilidade. Aí entram professores, instrutores de acampamento, líderes religiosos. Padres. Em 2005, o governo da Irlanda encomendou um relatório para estudar o abuso de mais de 100 crianças por clérigos da diocese de Ferns, no sudeste do país. Muitos desses homens eram vistos como pessoas espirituais, bem-sucedidos e dedicados à sua paróquia. E é exatamente a imagem de pedófilos como pessoas sinistras que faz os abusos sexuais permanecer indetectáveis por muito tempo. Como o pedófilo consegue chegar à vítima? Abusar sexualmente não é tão fácil quanto roubar pirulito. Segundo o relatório Ferns, em geral o abuso acontece depois de um longo e bem planejado processo. O agressor sempre cria as circunstâncias propícias, se tornando amigo das famílias com crianças. Para facilitar, ele procura crianças vulneráveis. Em casas assistenciais, por exemplo. E as intimida para obter o silêncio. Tarcísio, o padre do diário, foi transferido de Agudos, São Paulo, para Anápolis, Goiânia. Lá conheceu um coroinha de 13 anos. Aproveitou a pobreza da família para convidá-lo a morar na paróquia. Um mês depois, passou a assediá-lo, tentar fazer sexo. Um dia, o pré-adolescente chegou bêbado em casa e contou tudo à mãe. Então Sprícigo trocou de vítima: agora um garoto de 5 anos. Novamente, a música como isca: durante aulas de violão, o padre fazia o mesmo que fez com sua vítima de Agudos. Tentou até penetrá-lo, mas não conseguiu por causa dos gritos de dor da criança. Para se proteger, o padre Tarcísio fazia suas vítimas jurar diante de uma imagem de Jesus Cristo que manteriam segredo. Atração e intimidação. Um dia, a criança chegou em casa dizendo: “Vovó, eu sei fazer amor”. A avó perguntou quem havia ensinado, mas a criança se recusava a contar – “Mamãe vai me bater”, dizia. Quando a avó a convenceu de que não apanharia, contou – “O padre Tarcísio me ensinou”. O sacerdote pressionou para que a família silenciasse. Mas não conseguiu. Gays e a Igreja O Relatório John Jay traz um dado intrigante: dos padres pedófilos, 64% abusaram somente de meninos, enquanto 22,6% abusaram somente de meninas. É o inverso do que acontece na população geral, em que mais meninas sofrem abuso. Seria então a porcentagem de homossexuais na Igreja maior do que fora? Para o psicoterapeuta americano Richard Sipe, sim. Richard é um ex-padre casado com uma ex-freira missionária e que já foi professor, conselheiro e psicoterapeuta de mais de 1 000 clérigos com histórico de envolvimento sexual. Com base em suas experiências, ele diz que metade dos padres mantém relações sexuais (como disse Aldo Terrin sobre os sacerdotes daqui). E mais: que 30% dos padres têm amantes mulheres; 15%, amantes homens; e cerca de 5% teriam “comportamentos problemáticos” (como a pedofilia) – uma proporção parecida com aquela do Relatório John Jay. Se Sipe estiver certo, a porcentagem de gays ativos dentro da Igreja chega a ser em média o dobro do total de gays da sociedade brasileira. Segundo a maior pesquisa já feita no Brasil sobre o assunto, o Projeto Sexualidade, de 2004, 7,9% dos homens são homo ou bissexuais. É quase a metade do que Richard observa na Igreja. A Igreja sabe da existência de padres homossexuais e isso preocupa o conservador Bento 16. Em novembro de 2005, o Vaticano aprovou uma instrução que fecharia as portas para os gays. Segundo ela, a Igreja não pode admitir ao seminário quem pratique atos homossexuais, que apresentem “tendências homossexuais profundamente arraigadas” ou que apóiem a cultura gay. E quem tiver tendências homossexuais “transitórias” precisa superá-las 3 anos antes de ser ordenado. E o que dizer de padres homossexuais que seguem à risca o celibato? Eles existem, claro, assim como existem padres heterossexuais que seguem à risca o celibato. Mas seriam eles pecadores? Não necessariamente. O catecismo católico diz, por um lado, que atos homossexuais não podem ser aprovados em caso algum, pois a Sagrada Escritura os apresenta como pecados graves. Seriam “intrinsecamente desordenados”. Por outro, o catecismo afirma que pessoas com tedências homossexuais devem ser acolhidas com respeito e delicadeza, sem qualquer traço de discriminação. Segundo o padre Edênio Valle em seu artigo A Igreja Católica ante a Homossexualidade, quase todos os estudiosos católicos de hoje concordam que atração pelo mesmo sexo não é uma opção, mas, sim, algo imposto pelo destino, assim como nascer homem ou mulher. Logo, não é uma questão moral nem há lugar para a culpa – ninguém é bom ou mau por ter sentimentos que não pode afastar de si. O pecado estaria na aceitação dos atos homossexuais. E não nos gays em si. Que o diga o próprio Vaticano: um artigo da revista americana Newsweek conta que, segundo alguns funcionários da Santa Sé, a sede da Igreja teria uma comunidade gay “underground”. Como não sobreviveriam em suas paróquias, muitos padres homossexuais teriam sido levados para o Vaticano, onde receberiam alguma função burocrática. Foi à sombra da Basílica de São Pedro, aliás, que aconteceu um dos maiores escândalos dos últimos tempos envolvendo homossexualidade na Igreja. Em outubro, o monsenhor Tommaso Stenico, alto funcionário da Congregação para o Clero, convidou um jovem que ele tinha conhecido num chat sadomasoquista na internet para uma visita a seu escritório, em pleno Vaticano. O que ele não sabia era que o rapaz estava fazendo uma reportagem sobre a vida sexual de sacerdotes para uma rede de TV. E que tinha entrado em sua sala com uma câmera escondida. Stenico pergunta “Você gosta de mim?” e elogia a beleza do jovem. Quando vê que o bote do monsenhor é iminente, o repórter à paisana dispara: “Mas isso não seria um pecado aos olhos da Igreja?” Stenico diz que não. Depois se enche das recusas do rapaz e o leva embora. Não sem antes dizer “Você é muito gostoso...” O programa não identificou o monsenhor. Mas os superiores dele reconheceram o escritório. E o Vaticano suspendeu-o imediatamente. Para se defender, Stenico disse que se fazia de gay para ajuntar informações sobre pessoas envolvidas num complô para seduzir padres à homossexualidade e desacreditar a Igreja. E o Vaticano? Seria absurdo dizer que o catolicismo apóia abusos sexuais. O direito canônico, isto é, a lei da Igreja Católica, coloca os pecados dessa estirpe entre os mais sérios, junto com o homicídio. No entanto, a cúpula da Igreja parte do pressuposto de que só ela deve julgar os pecados cometidos por seu clero, e isso dificulta que os crimes sexuais sejam levados à Justiça. “A responsabilidade sobre o padre [acusado de má conduta sexual] é do bispo da diocese a que ele pertence”, diz o padre Geraldo Martins, assessor de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Em casos graves, o padre é expulso da Igreja. Em 1962, o papa João 23 teria enviado a bispos e arcebispos do mundo todo um documento secreto chamado Crimen Sollicitationis. Ele instruía os chefes da Igreja a lidar com padres que abusaram de crianças e impunha um alto grau de segredo a todos os envolvidos nesses casos. A pena para quem abrisse a boca era a excomunhão automática – incluindo as testemunhas e os acusadores. Em Crimen Sollicitationis, se a acusação fosse considerada infundada, todos os documentos com essa acusação deveriam ser destruídos. Se houvesse alguma prova vaga, o caso seria arquivado até a chegada de uma evidência contundente de fato. Já se a prova fosse forte, mas insuficiente, o acusado levaria uma advertência e o processo seria mantido sob observação. Caso a prova fosse definitiva, o acusado seria levado a um julgamento dentro da Igreja. Em 2001, o papa João Paulo 2o publicou o Sacramentorum Sanctitatis Tutela, esboçando novas normas para graves ofensas. Em seguida, a Congregação para a Doutrina da Fé discutiu e explicou essas normas numa carta a todos os chefes religiosos do mundo, assinada pelo então cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento 16. Segundo essa carta, a Congregação, no Vaticano, continuaria a ter competência exclusiva em relação a certas ofensas graves – entre elas, as ofensas sexuais com menores de 18 anos. Mas, apesar da exposição cada vez maior na mídia, os crimes sexuais estão diminuindo. Essa é mais uma das conclusões do Relatório John Jay. Ele mostra que padres ordenados na década de 1960, por exemplo, cometeram 25,3% dos abusos sexuais contra crianças entre 1950 e 2002. Os que entraram para a Igreja nos anos 70 respondem por 19,6%. E a queda continua. Só 8,4% dos crimes são obra de padres ordenados nos 80. Os mais jovens, que entraram de 1990 em diante, formam apenas 2,3% do total. Mas o que explica essa queda? Paz na terra Um dos motivos para a melhora está nos programas de tratamento de desordens psicossexuais de clérigos. Até os anos 50, a atividade sexual do padre era vista como um problema exclusivamente moral ou espiritual, segundo Richard Sipe. Homossexualidade e pedofilia eram “tratados” apenas com a transferência de paróquia ou com “renovações espirituais”. Depois, passaram do campo somente moral e espiritual para o científico. Finalmente, foi reconhecida sua dimensão psicológica. Em 1976, a congregação religiosa americana Serventes do Paracleto abriu o primeiro programa para tratamento de desordens psicossexuais, o que incluía abuso de menores. O tratamento ficou tão high-tech que padres que não respondem à terapia convencional recebem uma castração química com o medicamento Depo-Provera, que diminui os níveis de testosterona e, conseqüentemente, a libido em homens. Ironicamente, o Depo-Provera é um anticoncepcional, tão combatido pela Igreja Católica. No Brasil, o mais importante centro de tratamento de padres é o Instituto Terapêutico Acolher, presidido pelo padre. Edênio Valle, professor de psicologia da religião da PUC-SP. De acordo com Eliana Massih, existe uma grande preocupação da Igreja Católica sobre sexualidade e desvios de conduta associados. Além da assessoria de psicólogos, há a publicação de artigos sobre sexualidade em periódicos como a Revista Eclesiástica Brasileira, com circulação entre o clero. Mas a Igreja consegue mesmo garantir que seminaristas escolham a vida sacerdotal como algo bom para si, em vez de uma fuga de sua sexualidade? “Não completamente. Mas em grande parte sim”, diz Massih. Hoje, a Igreja faz uma “operação pente-fino” antes de admitir um seminarista, com uma sabatinada de avaliações psicológicas. Outro ponto que ajuda é a própria conscientização dos clérigos para não deixar que crimes de seus colegas passem em branco. “Hoje, qualquer padre responsável e consciente de seus deveres toma as medidas necessárias segundo a lei”, diz o padre Edênio. Segundo a lei e segundo a própria fé cristã, que reza: não faça ao outro aquilo que não quer que façam com você. Aconteceu em Mariana (MG). O padre Bonifácio Buzzi, na época com 41 anos, foi denunciado e preso por levar um garoto de 11 anos à beira de um rio “para pescar” – na verdade, ele passou um longo tempo fazendo sexo oral na criança e tentou comprar-lhe o silêncio com R$ 5. Foi a 2a denúncia contra o padre – 13 anos antes, ele teria molestado um menino de 5 anos e outro de 11. Causo de pescador - Abril de 2002 Em São João do Triunfo (PR), o padre Jacinto César Parachuk, na época com 35 anos, foi preso em flagrante por molestar um garoto de 14 anos. Ao depor, o menino disse ter sido atraído por uma oferta de R$ 10 para cortar grama. Dois anos antes, outra acusação de abuso havia provocado a expulsão do padre do quartel do Exército em Uruguaiana, RS, onde foi capelão. Dose dupla - Maio de 2003 Diretor de uma casa de assistência na região de Sorocaba (SP), o padre Alfieri Eduardo Bompani, de 62 anos, abusou de 13 crianças entre 6 e 10 anos. Ele chegou a registrar os casos em uma pasta de seu computador chamada “Contos Homossexuais”. Em 2003, foi condenado a 93 anos de prisão. A Igreja Católica terá de desembolsar R$ 3,2 milhões em indenizações às vítimas. Diário macabro - Agosto de 2006 Uma câmera de celular flagrou o padre Sebastião Braga fazendo sexo com um garoto de 11 anos na casa paroquial de Comendador Gomes, MG. O padre, acusado de abusar sexualmente de 6 garotos, confessou os crimes e disse ter feito tudo inconscientemente. Ao deporem, duas crianças contaram que o padre pagava às vítimas de R$ 10 a R$ 80. No celular - Dezembro de 2006 O padre Djalma Brito Mota, de Ichu, BA, foi sentenciado a 7 anos e 7 meses de prisão por corromper adolescentes em 2005 e 2006. Em 2005, levou o adolescente J.N.S. para fazer um exame oftalmológico em Feira de Santana. Na volta, trocou carícias com ele. Um dia depois, pagou R$ 10 para que o garoto e um amigo participassem de uma pequena orgia na casa paroquial. De olhos abertos - Outubro de 2007 Na época com 40 anos, o padre Paulo Sérgio Maria Barbosa foi flagrado com um adolescente de 14 anos dentro de um Gol, num canavial em Corumbataí (interior de SP). No carro havia 48 fotos de meninos, camisinhas e uma revista com capa sobre pedofilia. Dom Eduardo Koaik, bispo de Piracicaba, levantou a suspeita de armação. “O padre é respeitoso com todas as pessoas”, afirmou. No carnaval - Maio de 2002 Foi na frente de um drive-in em Marília (SP) que o pai de duas meninas, de 15 e 16, surpreendeu José Balikian. O padre se relacionava com as duas havia um ano e meio. Foi preso após o pai apresentar 150 e-mails enviados pelo religioso às garotas. Fonte: Superinteressante Envie este post para o seu Twitter!!

Padre acusado de pedofilia é preso em Minas Gerais

polícia de Ouro Preto (96 km de Belo Horizonte) prendeu no final da tarde desta quinta-feira o padre Bonifácio Buzzi, 41, da diocese de Mariana, acusado de pedofilia. O religioso estava em liberdade condicional por ter sido condenado pelo mesmo crime, quando atuava na paróquia de outra cidade. Buzzi _que estava foragido desde o começo da semana_ teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Antônio Carlos Braga, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, comarca de Mariana, no final desta manhã. O padre foi preso por volta das 17h30. O pedido de prisão se baseia em denúncia protocolada ontem pelo Ministério Público. Na representação, o promotor Antônio Carlos de Oliveira relata dois episódios em que o garoto A.L.A.M., 11, teria sido molestado sexualmente pelo padre. Segundo a denúncia, no dia 3 de abril, o padre foi à casa do garoto, no distrito de Mainarte, zona rural de Mariana, e pediu à mãe da criança, Maria Lúcia Olário, para levar A. para pescar. "Chegando à beira do rio, ambos ficaram nus, e ele praticou sexo oral no menino por tempo prolongado. Depois, pediu para que ele fizesse o mesmo, mas a criança não aceitou," disse o promotor Oliveira. Em depoimento ao promotor, A. disse que se recusou a realizar sexo oral porque não gostaria de fazer aquela prática. A criança disse ter visto o sêmen de Buzzi. O padre teria pago R$ 5 ao garoto para garantir que ele mantivesse segredo do ato. Dois dias depois, o religioso retornou à casa de A. para convidá-lo para uma nova "pescaria". Dessa vez, a autorização foi dada pela avó, Hilda Corrêa Veloso, que mora numa casa no terreno vizinho. "Ele voltou a praticar sexo oral no menino e, como recompensa, deu R$ 3 ao garoto," afirmou o promotor. A primeira a desconfiar do caso foi a professora de A., Ana Cristina da Silva, que alertou a família sobre o comportamento estranho do aluno. O garoto acabou confessando os dois episódios, e os pais o encaminharam ao Conselho Tutelar de Mariana antes que o Ministério Público instaurasse inquérito. A denúncia cita ainda casos semelhantes protagonizados pelo padre em Joinville (SC) e outros Estados. Buzzi já havia sido condenado a 13 anos de prisão por pedofilia, em Minas Gerais, em 95, e cumpria a pena em regime de liberdade condicional. Na ocasião, o padre foi responsabilizado por molestar sexualmente dois meninos (de 5 e 11 anos), vítimas de violência familiar e dependência química, que moravam na paróquia. Apesar das acusações, o religioso continuou prestando atendimentos, como auxiliar à comunidade carente da zona rural, especialmente em Barro Branco e Magalhães. O padre Paulo Barbosa e o vigário-geral monsenhor Vicente de Lázio, ambos da Diocese de Mariana, não foram localizados para comentar as acusações envolvendo Buzzi. D. Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, também não se pronunciou durante todo o dia de hoje. Segundo sua assessoria, ele preside a 40ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que acontece até o dia 19, em Indaiatuba (SP). "É óbvio que a Igreja Católica considera o caso grave e condena a prática. Embora não ignore o assunto, a pedofilia não faz parte da pauta de discussões desse encontro. O tema só deverá ser avaliado após sua conclusão," disse a assessora de d. Luciano, irmã Patrícia Silva. A Agência Folha não conseguiu falar esta quinta-feira, por telefone, com o padre Bonifácio Buzzi. FONTE FOLHA

sábado, 15 de setembro de 2012

Papa Bento XVI deve morrer dentro de um ano, diz jornal italiano

De acordo com um documento secreto publicado no jornal italiano ll Fatto Quotidiano, o atual Papa Bento XVI vai morrer dentro de 12 meses. Como em uma novela de intriga, o documento que vazou revela uma luta de poder dentro do Vaticano -------------------------------------------------------------------------------- 12 -------------------------------------------------------------------------------- (Crédito: MIMMO FERRARO / Shutterstock.com) Com o tempo, vários papas foram assassinados em circunstâncias diferentes, e houve várias tentativas de assassinato Segundo o jornal italiano ll Fatto Quotidiano, uma carta anônima datada em 30 de dezembro de 2011 foi entregue em janeiro deste ano à Secretaria de Estado do Vaticano e ao secretário particular do Papa pelo Cardeal Dario Castrillon Hoyos, da Colômbia. » Lei obriga estudantes a rezarem o "Pai Nosso" na Bahia » Metodista divulga duas bolsas de doutorado em Comunicação Social e Ciência Religiosa Escrita em alemão, e descrita como "estritamente confidencial", a trama começa descrevendo as conversas que o Cardeal Paolo Romeo, Arcebispo de Palermo, teve com um empresário italiano durante uma viagem a Pequim, na China. O documento revela que durante as conversações na China, o cardeal Romeo previu a morte do Papa Bento XVI nos próximos 12 meses. Sua demonstração foi feita com tal vigor que o vaticano chegou a pensar que o Cardeal tinha elaborado um plano para atacar a vida do Papa. Segundo o escritor anônimo, o cardeal Romeo nunca poderia ter imaginado que a sua declaração indiscreta chegaria ao Vaticano. A carta afirma que Romeo, que tem uma longa carreira como diplomata do Vaticano e pertence à ala conservadora da Igreja, criticou fortemente a decisão de Bento XVI por este se focar muito na liturgia. A carta prossegue com a incrível previsão da morte de Bento XVI. Ela também revela que o Papa estaria trabalhando secretamente em sua propriedade e teria escolhido o cardeal Angelo Scola como o próximo Papa. O Cardeal Scola, patriarca antigo de Veneza, foi promovido a arcebispo de Milão pelo Papa Bento XVI em junho do ano passado. Ainda segundo a carta, Scola estaria se preparando em longo prazo para se tornar o próximo Papa. O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que a carta é algo tão distante da realidade que nem sequer merece comentário. De acordo com ll Fatto Quotidiano, o documento que vazou fornece evidência adicional de que uma luta de poder ocorre dentro do Vaticano. O mesmo jornal também publicou recentemente uma carta do arcebispo Carlo Maria Vigano, atual embaixador de Bento XVI em Washington, contendo graves acusações de má gestão, corrupção e ganância dentro do Vaticano. Histórico de ataques no Vaticano: Com o tempo, vários papas foram assassinados em circunstâncias diferentes, e houve várias tentativas de assassinato. O ataque mais recente foi sofrido por João Paulo II, que morreu em 2005, e foi baleado pelo turco Mehmet Ali Agca, na Praça de São Pedro, em Roma. Em 1978, João Paulo I morreu repentinamente após um reinado de apenas 33 dias. Um ataque cardíaco foi a causa oficial da morte, embora muitas teorias de conspiração surgiram rapidamente alegando que o Papa tinha sido envenenado porque o Vaticano pretendia expor um escândalo relacionado com suas atividades bancárias.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Estados Unidos querem se aliar ao Vaticano, diz WikiLeaks

Hillary Clinton orientou embaixadores e diplomatas a se manterem informados quanto a governo pontifício
Hillary Clinton quer que embaixoderes e diplomatas acompanhem com atenção as novidades do Vaticano (Saul Loeb/AFP) Os Estados Unidos têm interesse em ser um aliado do Vaticano, de acordo com documentos revelados pelo site WikiLeaks e antecipados nesta quinta-feira pela revista italiana L’Espresso. Segundo os documentos, a secretária de Estado americana Hillary Clinton teria orientado os embaixadores e diplomatas do país a criarem uma página na Internet para acompanhar as novidades do governo pontifício. "O Vaticano pode ser uma potência aliada ou um inimigo ocasional. Devemos fazê-lo ver que a nossa política pode ajudá-lo a avançar em muitos princípios”, orientou o Departamento de Estado. Os relatórios, que serão publicados na sexta-feira pela revista, informam que os Estados Unidos consideram o Vaticano um modelo a ser estudado com atenção. "Trata-se de uma armada impressionante: 400 mil sacerdotes, 750 madres, cinco mil monges e frades, relações diplomáticas com 177 países, três milhões de escolas, cinco mil hospitais, braço operativo da Caritas com 165 mil voluntários e dependentes que prestam assistência a 24 milhões de pessoas", afirmam os documentos. O Departamento de Estado americano ainda apontou que a relação do país com o governo pontifício deve ser construída com cuidado.”Tudo depende da relação que possamos construir: devemos trabalhar juntos quando as nossas posições são complementares, assegurando que a nossa linha seja compreendida quando são divergentes", dizem os textos.

Vaticano elabora plano de reforma econômica mundial

Vaticano elabora plano de reforma econômica mundial 19 de outubro de 2011 • 12h06 • atualizado às 12h27 Reduzir Normal Aumentar Imprimir Notícia -------------------------------------------------------------------------------- Comentar 28 O Vaticano anunciou nesta quarta-feira ter preparado um documento para a reforma do sistema financeiro internacional no qual convoca a criação de uma "autoridade pública com competência universal". O documento será apresentado na segunda-feira à imprensa e foi elaborado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz, liderado pelo cardeal africano Peter Kodwo Appiah Turkson. "A reforma do sistema financeiro internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal" é o título do documento, que ainda não teve seu conteúdo divulgado. O Vaticano apresenta assim propostas concretas perante a crise econômica e social que afeta o mundo desde 2008. Bento XVI se pronunciou em diversas ocasiões a favor de uma "intervenção pública" e denunciou o sistema econômico atual e suas consequências sobre os setores mais pobres da população, em particular os camponeses. "A crise financeira mundial demonstrou a fragilidade do sistema econômico atual e das instituições a elas conectadas", declarou o Papa em abril. Para o chefe da igreja, é "um erro considerar que o mercado é capaz de se autorregular, sem a necessidade de uma intervenção pública e sem referências morais internacionais", escreveu. Na segunda-feira, em uma mensagem enviada à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pelo Dia Mundial da Alimentação, Bento XVI fez um pedido a favor dos agricultores de todo o mundo. "É preciso investir no setor agrícola", disse. Em julho, o Papa condenou firmemente a "especulação financeira" com alimentos. "O quadro internacional e as frequentes preocupações causadas pela instabilidade, junto com o aumento dos preços dos alimentos, requerem propostas concretas e necessariamente unitárias para obter os resultados que os Estados não podem garantir individualmente", ressaltou na época.