sábado, 16 de fevereiro de 2013

O VATICANO É GOVERNADO POR QUADRILHA DE BANQUEIROS CRIMINOSOS

(*) Ucho Haddad – Millôr Fernandes, o saudoso e genial, certa vez escreveu que “democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim”. Tão brilhante quanto Millôr, o jornalista Carlos Brickmann, durante um dos muitos ataques sórdidos que sofri, saiu em minha defesa e escreveu-me que “ninguém chuta cachorro”. E se me chutam é porque incomodo, disse o jornalista. Acontece que no Brasil há pessoas ignaras que desfilam na passarela da vida ora com a fantasia de gênio, ora com a fantasia de tirano. Às vezes a imbecilidade faz com que o desavisado vista uma fantasia sobre a outra. E nessas condições não há quem segure um ser que é tomado pela idiotia e aposta que o próprio nome consta da árvore genealógica de Aladim. Nesse palco da sandice é que uma pessoa, que acredita ser virtuosa e estar acima de todos, faz com que o seu conceito oblíquo de democracia se transforme em uma nesga da ditadura obtusa. Para não alimentar o ego de algumas mentes doentias e sequer patrocinar fama a quem não merece, omito o nome desses apedeutas oportunistas, que usam a própria ignorância como arma de intimidação, não sem antes acreditar que são donos da verdade suprema. Decidi escrever esse artigo em respeito aos leitores e seguidores, que não podem ter a honra achincalhada apenas porque exercem o direito de escolher aquilo que desejam ler. Quanto a mim, já estou acostumado com esses ataques repentinos e constantes dos contrariados. Sobre a decisão de Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, de deixar o comando do Vaticano, assinei matéria que relata fatos comprovados por autoridades, alguns deles por mim testemunhados in loco. Bento XVI sofre de doenças típicas de uma pessoa com 85 anos, mas não foi a anunciada artrose que o levou à decisão de interromper o próprio pontificado. Ratzinger não conseguiu conviver com o crime organizado que grassa nas coxias do Vaticano. Quem não aceita tal realidade ignora a verdade, o óbvio, o que foi provado e comprovado por investigações de todos os naipes. Ter escrito sobre o tema causou uma revolução na banda católica que frequenta a rede mundial de computadores, os ortodoxos se rebelaram, sem contar os que pegaram carona no tema sem saber uma vírgula sequer sobre o assunto. É aquela velha história dos oportunistas que nada são, mas aproveitam um momento para ganhar os quinze minutos de fama a que se referiu, um dia, o artista plástico Andy Warhol. E até os desprovidos de inteligência e conhecimento têm direito a esses escassos minutos de fama, algo que será regurgitado aos bolhões nas conversas dos botecos de esquina, para que a claque canalha aplauda um herói de mentira, um sabereta de araque. Gostem ou não os incomodados, não há como fugir da verdade dos fatos, da história. A patifaria circula pelos corredores do Vaticano desde o fim da era de João XXIII, o que não significa que antes a sacanagem por lá deixou de reinar em algum momento. Entre ser católico e acreditar no que fazem e dizem os inquilinos do Vaticano existe uma abissal distância. E é exatamente essa distância que torna muitas pessoas cegas diante da realidade. O Estado paralelo e criminoso que existe na Praça São Pedro ganhou força quando Licio Gelli, que foi próximo de Benito Mussolini, se juntou ao então arcebispo Paul Marcinkus e a Roberto Calvi, que presidia o Banco Ambrosiano e ficou conhecido como o “banqueiro de Deus”, no rastro de um dos maiores escândalos político-financeiros da história da Itália. Com a morte de Giovanni Montini, o papa Paulo VI, chegou ao cargo máximo da Igreja Católica o ex-patriarca de Veneza, Albino Luciani, o papa João Paulo I. Homem correto, probo e humilde, Luciani durou pouquíssimo tempo no cargo. Nos trinta e três dias de seu pontificado, João Paulo I tentou acabar com o crime organizado que dominava o Vaticano desde muito. A Santa Sé anunciou que Albino Luciani morreu em decorrência de um infarto, mas na verdade ele foi envenenado. Um assessor próximo, integrante da quadrilha que agia desde os tempos de Paulo VI, colocou cianureto no chá de Luciani. Enquanto aguardava-se a escolha de um novo pontífice, Gelli, Marcinkus e Calvi agiam livremente e contavam com a mente criminosa de Michele Sindona, o “Tubarão”, destacado integrante da loja maçônica Propaganda Due ou P2, um dos vértices do escândalo, banqueiro e membro da Cosa Notra, a máfia siciliana. Escolhido como novo papa, o polonês Karol Wojtyla, ou João Paulo II, também tentou fazer uma faxina nas entranhas do Vaticano, pois fora avisado sobre o funcionamento do esquema criminoso que imperava na Santa Sé. Wojtyla havia mal começado a adotar medidas moralizadoras quando sofreu um atentado em plena Praça São Pedro, episódio que teve como atirador, não por acaso, o turco Mehmet Ali Agca. O criminoso, que foi preso imediatamente pelos seguranças do Vaticano e depois foi perdoado por Wojtyla ainda no cárcere, era membro do grupo Lobos Cinzentos e estava a serviço da máfia turca, que por sua vez contava com o apoio operacional e estratégico do soviético Leonid Brejnev. A máfia turca era a outra ponta do esquema que usava o Banco Ambrosiano como central de branqueamento de capitais. Os Lobos Cinzentos participaram da Operação Gladio (a qual detalho mais adiante), mas tinham em seus quadros agentes soviéticos que se infiltraram a mando de Brejnev, que queria detalhes sobre a atuação do grupo clandestino de informações secretas. Na ocasião em que o escândalo veio à tona, descobriu-se que o rombo no Banco do Vaticano, acionista do Ambrosiano, era de quase US$ 2 bilhões. Nos bastidores, a ação criminosa – que levou o Ambrosiano à quebra e provocou um rombo no Banco do Vaticano – foi comandada por Roberto Calvi, Paul Marcinkus, Licio Gelli e Michele Sindona. Por conta desse enredo criminoso, que levou um internauta debochado e abusado a afirmar que a minha matéria mais parecia um roteiro de Dan Brown, autor do best-seller “O Código da Vinci”, desço aos detalhes do esquema que levou Bento XVI a optar pela renúncia. Não criei qualquer história e muito menos estória, mas relatei fatos que acompanhei de perto, além de muitos outros que acompanhei e estudei ao longo de mais de vinte anos. Quando integrantes da Igreja Católica entram em contato para, sob a promessa do sigilo, reconhecer que estou certo, fica claro que não sou roteirista de filme de suspense e nem recebo para ovacionar descompensados mentais. Quem era quem na trama Paul Marcinkus Nascido nos Estados Unidos, Paul Marcinkus, o Gorila (que já havia presidido o Banco Ambrosiano), chegou ao posto de terceiro homem mais importante do Vaticano e, durante dezoito anos (1971 a 1989), presidiu o Banco do Vaticano, que era sócio-controlador do Ambrosiano. Por seu porte físico avantajado e jeito truculento, Marcinkus passou a atuar como guarda-costas do papa Paulo VI e foi acusado de participar da trama que levou João Paulo I à morte. O escândalo do Ambrosiano foi tamanho, que o Vaticano funcionou como refúgio para um marginal que falava em nome de Cristo não fosse preso e condenado. Para proteger Marcinkus, a Santa Sé colocou sua rede criminosa para atuar nos bastidores da Justiça italiana, a quem coube investigar o caso. Para justificar a não punição a Marcinkus e aos outros administradores do Banco Ambrosiano, a Justiça italiana invocou o Tratado de Latrão, que transformou o Vaticano em Estado e prevê, em um dos seus artigos, que “os entes centrais da Igreja Católica estão isentos de qualquer ingerência por parte do Estado italiano”. Marcinkus viveu no Vaticano à sombra do Tratado de Latrão até voltar para os Estados Unidos, onde morreu em 2006. Licio Gelli Licio Gelli, chefão da loja maçônica P2, onde é mestre venerável, e criminoso conhecido que agia nos escaninhos do poder, foi informante da Gestapo durante a 2ª Guerra Mundial. Gelli participou da Operação Gladio, uma organização clandestina que funcionava como central de informações secretas, cujo objetivo era evitar a invasão da Itália pela União Soviética. Em muitos momentos, a Gladio, que teve sua existência reconhecida oficialmente pelo ex-primeiro-ministro italiano Giulio Andreotti, usava de estratégias baixas para desestabilizar o sistema político do país. O que explica o apoio logístico dado à máfia turca por Leonid Brejnev, que tinha na Itália dúzias de espiões infiltrados. Licio Gelli foi acusado de participação nas mortes do ex-primeiro-ministro italiano Aldo Moro, do jornalista Carmine “Mino” Pecorelli, de Roberto Calvi e de João Paulo I. Prestes a completar 94 anos, Gelli cumpre prisão domiciliar na propriedade que tem na Toscana. O jornalista Pecorelli, que era um desafeto de Licio Gelli, foi assassinado porque em um livro deu detalhes do planejamento do assassinato de Aldo Moro, ex-primeiro-ministro da Itália. Moro, que era ligado à Igreja Católica, foi sequestrado e morto pelas “Brigate Rosse” (Brigadas Vermelhas), organização terrorista italiana com que Gelli mantinha estreitas relações por causa da Operação Gladio, que foi o pano de fundo para as atrocidades cometidas por Cesare Battisti, o criminoso que contou com a ajuda de Lula para continuar impune no Brasil. O grupo “Brigadas Vermelhas”, que participou da Gladio, foi responsável pela explosão de um trem em Bologna, em 1980, que ao deixar a estação da cidade foi alvo de bomba dentro de um túnel, matando dezenas de pessoas e deixando duzentos passageiros feridos. Em 2002, a Justiça italiana condenou Giulio Andreotti e o mafioso Gaetano Badalamenti a 24 anos de prisão pela morte do jornalista Mino Pecorelli. Um dos chefões da Cosa Nostra, a máfia siciliana, Badalamenti foi também condenado à prisão nos Estados Unidos por ser um dos líderes da organização mafiosa que ficou conhecida como “Pizza Connection”, uma rede pizzarias que funcionava como lavanderia do dinheiro dos mafiosos que atuavam em território norte-americano. Roberto Calvi Nascido em Milão, Roberto Calvi presidiu o Banco Ambrosiano e ficou conhecido, à época do escândalo, como “Banqueiro de Deus”. Envolvido diretamente na trama que levou o Ambrosiano à falência e provocou um rombo bilionário no Banco do Vaticano, com direito a desvios de dinheiro para uso pessoal de muitos dos integrantes do esquema e pagamentos indevidos à loja maçônica P2, Calvi fugiu da Itália e acabou sendo assassinado em Londres. Em junho de 1982, o corpo de Calvi foi encontrado em um terreno debaixo de uma ponte da capital inglesa, pendurado em uma corda, dando a entender que o ex-presidente do Banco Ambrosiano cometera suicídio. Na ocasião, afirmei que Calvi fora assassinado, mas apenas em 2002 essa tese foi confirmada por uma equipe de médicos-legistas, após a exumação dos restos mortais do integrante da quadrilha que operava sob as bênçãos do Vaticano. Durante o período em que presidiu o Banco Ambrosiano, Roberto Calvi tinha como principal assessor e braço direito um ex-agente do serviço secreto italiano, Francesco Pazienza. Acusado de envolvimento no atentado terrorista de Bologna, na morte de Calvi e no escândalo que levou à quebra do Ambrosiano, Francesco Pazienza fugiu da Itália e prestou serviços a agências de inteligência de vários países latino-americanos e serviu a Manoel Noriega, traficante de drogas panamenho de quem era amigo. Pazienza foi preso nos Estados Unidos e extraditado para a Itália, onde cumpriu pena e foi colocado em liberdade condicional em 2009. Por ser um arquivo ambulante, pois muitas informações sobre a quebra do Ambrosiano ainda são ignoradas, Pazienza não deve durar muito tempo. Michele Sindona Michele Sindona, banqueiro inescrupuloso que era conhecido como “Tubarão” e que dirigia uma instituição financeira na Suíça e levou à bancarrota a Banca Privata Italiana, atuou durante décadas como o braço financeiro da Cosa Nostra, a máfia siciliana. Sindona também foi acusado de pagar propina de US$ 5,5 milhões a Marcinkus e Calvi. Em 1986, Michele Sindona foi condenado à prisão perpétua pela morte do advogado Giorgio Ambrosoli, ocorrida em 1979. Ambrosoli foi indicado pela Justiça italiana como síndico da massa falida da Banca Privata Italiana, quando descobriu a atuação criminosa de Sindona na instituição financeira. Antes disso, Michele Sindona foi nomeado pelo papa Paulo VI como assessor financeiro do Vaticano e membro do conselho de administração do Banco do Vaticano. Diante dos fatos, o Vaticano, sem ter como explicar a nomeação do criminoso, informou por meio de nota que fora enganado por Sindoma. Cumprindo pena em prisão de segurança máxima na Lombardia, Michele Sindona prometeu revelar detalhes dos escândalos, mas morreu em sua cela, em março de 1986, enquanto tomava café. Durante a perícia, a polícia descobriu que a bebida continha cianureto, a mesma tática usada para assassinar João Paulo I. O caso Emanuela Orlandi Filha de um funcionário do Vaticano, Emanuela Orlandi não foi protagonista do escândalo, mas vítima da organização criminosa que era liderada por Paul Marcinkus. Emanuela desapareceu em 1983, quando tinha 15 anos, e jamais foi encontrada. O que era para ser um caso corriqueiro de desaparecimento transformou-se, em pouco tempo, no capítulo mais sinistro do escândalo que teve na proa o Banco Ambrosiano e envolveu o Vaticano, o Banco do Vaticano e uma organização criminosa conhecida como “Banda della Magliana”, que atuava na capital italiana. A “Banda della Magliana” era comandada por Enrico de Pedis, um delinquente que, junto com seus parceiros de crimes, atuava no tráfico de drogas, turfe e lavagem de dinheiro. Ao lado da Gladio, a “Banda della Magliana” participou de ataques terroristas realizados, durante a Guerra Fria, com o objetivo de desestabilizar a política italiana durante o período que foi chamado de “Anos de Chumbo”. A “Banda” foi acusada de participar dos assassinatos do jornalista Carmine Pecorelli, do ex-primeiro-ministro Aldo Moro e do então presidente do Banco Ambrosiano, Roberto Calvi, além de envolvimento no atentado na estação de ferroviária de Bolonha. A “Banda della Magliana” era uma espécie de apêndice criminoso das Brigada Vermelhas. O desaparecimento de Manuela Orlandi foi relacionado com a tentativa fracassada de assassinar Karol Wojtyla, o papa João Paulo II, na Praça São Pedro. Em junho de 2008, Sabrina Minardi, ex-namorada de De Pedis, afirmou em depoimento que Emanuela foi sequestrada e morta pela “Banda della Magliana”, tendo seu corpo arremessado em triturador de cimento. O crime, segundo Sabrina, foi ordenado pelo arcebispo Paul Marcinkus. Enrico de Pedis se aproximou de Marcinkus por intermédio de Roberto Calvi, então presidente do Ambrosiano, que acolhia e lavava o dinheiro sujo da “Banda dela Magliana”. De acordo com o depoimento de Sabrina Minardi, a ordem de Marcinkus tinha o objetivo de calar o pai de Emanuela Orlandi, um funcionário do Vaticano, que sabia demais sobre os bastidores imundos da Santa Sé. De Pedis morreu em fevereiro de 1990, assassinado por seus antigos comparsas. A sua proximidade com a cúpula criminosa do Vaticano garantiu-lhe o sepultamento ao lado de papas e cardeais na Basílica de São Apolinário. Após denúncia, o Ministério Público de Roma decidiu abrir o túmulo para investigação e confirmou que De Pedis de fato tinha sido sepultado em uma basílica pertencente ao Vaticano. Os procuradores prosseguem na investigação para apurar os motivos que levaram a tão estranho sepultamento. Há informações desconexas no caso, mas a ex-namorada de Enrico de Pedis não tinha razão para mentir, em depoimento, depois de quase vinte anos da morte do líder da “Banda della Magliana”. As denúncias de Viganò Joseph Ratzinger não é um homem inocente e desprovido de inteligência. Se assim fosse, jamais teria chegado a Sumo Pontífice da Igreja Católica. Contra Ratzinger pesa o fato de ter integrado a Hitlerjugend (Juventude Hitlerista), divisão da SS criada por ordem de Adolf Hitler e composta por jovens alemães. Em outras palavras, ao então jovem Joseph Ratzinger não restou opção, que não a de cumprir a determinação de um facínora que acreditava na supremacia da raça ariana e na possibilidade de dominar o mundo. E esse detalhe tem sido usado por alguns que querem dar conotação distinta à decisão de Bento XVI encerrar seu período à frente do Vaticano. Sabendo do que acontecia no Vaticano antes de sua escolha como papa, Joseph Ratzinger foi alertado pelo arcebispo Carlo Maria Viganò sobre o esquema criminoso que ainda domina a sede do Catolicismo. Na carta que enviou ao papa, cujo conteúdo acabou vazando para a imprensa, Viganò, que foi secretário-geral do governorado do Vaticano, afirmou que lá “trabalham as mesmas empresas, ao dobro (do custo) de outras de fora, devido ao fato de não existir transparência alguma na gestão dos contratos de construção e de engenharia”. Para que o caso não se transformasse em mais um escândalo na seara da Igreja Católica, o Vaticano informou que as afirmações de Carlo Maria Viganò resultavam de “avaliações incorretas”. Viganó seguiu em suas denúncias e na carta endereçada a Ratzinger destacou: “Jamais teria pensado em me encontrar diante de uma situação tão desastrosa”, que apesar de ser “inimaginável, era conhecida por toda a Cúria”. Além disso, o denunciante afirmou que banqueiros que integram o chamado Comitê de Finanças e Gestão se preocupam muito mais com os próprios interesses do que com os do Vaticano, lembrando que em dezembro de 2009 “queimaram US$ 2,5 milhões” em uma operação financeira. Ou seja, o desvio de dinheiro para despesas pessoais dos que integravam o concílio criminoso e que levou o Banco Ambrosiano à quebra continua em pauta na Praça São Pedro. O escândalo Vatileaks Mordomo do papa Bento XVI desde 2006, Paolo Gabriele foi preso sob a acusação de ter roubado documentos secretos da cúpula do Vaticano, encontrados pela polícia em seu apartamento. O escândalo Vatileaks, uma alusão ao Wikileaks, veio à baila em janeiro de 2012, quando o jornalista italiano Gianluigi Nuzzi publicou o conteúdo da carta do arcebispo Carlo Maria Viganó ao papa.No documento, Viganó pedia ao Sumo Pontífice para não ser transferido apenas por conta de suas denúncias. Contudo, a decisão de Ratzinger de mandar um dos ex-administradores do Vaticano para os Estados Unidos pode ter salvado a vida de Carlo Maria Viganó. Ainda no primeiro semestre de 2012, o escândalo ganhou reforço com o vazamento de documentos que tratam de uma ferrenha luta pelo poder no Vaticano e relatam os esforços de Bento XVI para mostrar maior transparência financeira e cumprir à risca as normas internacionais de combate à lavagem de dinheiro. Nesse período, uma carta anônima, que ganhou o noticiário, fazia um alerta sobre ameça de morte contra o papa. O imbróglio ganhou novos e explosivos contornos com o lançamento, em maio de 2012, do livro “Sua Santidade, as Cartas Secretas de Bento XVI”, do jornalista Gianluigi Nuzzi, que em sua obra tratou das correspondências confidenciais trocadas entre Bento XVI e seu secretário pessoal. Polêmico, porém verdadeiro, o livro mostra a face oculta do Vaticano, onde intrigas, armações e disputas intermináveis pelo poder acontecem diuturnamente. O livro de Nuzzi também revela detalhes sobre as finanças pessoais de Ratzinger, casos de pagamento de suborno para conseguir agendar uma audiência com o papa, além de relatórios secretos sobre políticos italianos, como o presidente Giorgio Napolitano e Silvio Berlusconi. Gianluigi Nuzzi garante não ter desembolsado um euro sequer pela papelada, o que confirma que importantes e secretos documentos do Vaticano foram vazados propositalmente na tentativa de intimidar os criminosos que agem na Santa Sé. Escolhido para ser o operador desse vazamento de documentos, o mordomo Paolo Gabriele foi preso, mas por saber demais acabou solto e no final de 2012 recebeu um indulto do papa, o que mostra que a operação foi previamente combinada, mas não surtiu o efeito desejado e levou Ratzinger a anunciar o fim do seu pontificado. Minhas considerações finais Ser informado no Brasil é crime para aqueles que nada sabem e se julgam a personificação da sabedoria. Revelar a verdade dos fatos, narrar a história em sua sequência real e fiel, também é crime na visão de um bando de revoltados que não se conformam com a própria ignorância e usam rapapés e declarações chicaneiras para atacar quem não conhecem. Faço jornalismo da maneira como deve ser feito, sem sensacionalismo barato. Se o Criador, aquele que não frequenta a Santa Sé, resolveu me colocar no lugar certo e na hora certa em determinados momentos, não tenho culpa. Não sou um inerte diante da história e muito menos um conformado que não reage às mentiras que a grande imprensa divulga sem parar. A história mostra que o Vaticano se cerca, não é de hoje, de bandidos profissionais e sou acusado de inventar fatos e chutar outros. Nada tenho contra a ignorância consentida de alguns, mas que esses se contentem com a própria insignificância, pois do contrário a melhor receita está no divã do analista mais próximo. Há mais de trinta anos me dedico a acompanhar e estudar os escândalos que emolduram o Vaticano e não será um grupelho facinoroso, que age como se fosse uma filial de Treblinka, que roubará minha consciência e muito menos a competência, reconhecida por muitos e que a cada dia busco melhorá-la, pois não me contento com o pouco saber e nem saio batendo no peito para gazetear que sou gênio, como fazem alguns dos meus críticos. Discordar é um dos pilares da democracia, cujo segredo é a convivência pacífica das opiniões divergentes. Atacar gratuitamente por discordância ou oportunismo burro e barato é sinal inconteste de incompetência e ignorância. Esses merecem conviver com os falsos santos que circulam nos subterrâneos do Vaticano, porque afinal são iguais. Joseph Ratzinger tomou a decisão mais acertada, pois entre viver em paz e ser conivente com criminosos que posam de oráculos do Senhor sem ter gabarito para tal, a primeira opção é a mais lógica. Por outro lado, continuo acreditando que aquele que incomoda uma minoria burra é porque está no caminho certo. (*) Ucho Haddad é jornalista político e investigativo, comentarista e analista político, cronista esportivo, escritor, poeta e palestrante.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

GUERRA PODER DENTRO VATICANO OBRIGA BENTO VI A RENUNCIAR

E agora? Segundo a agência Reuters o Papa Bento 16 anunciou, nesta segunda-feira, que vai renunciar do cargo no próximo dia 28. É a primeira vez que um papa renuncia ao cargo desde a Idade Média. O último Sumo Pontífice a renunciar foi Gregório XII, em 1415. Bento XVI é o sexto Papa a renunciar ao cargo. O líder católico disse em um comunicado que está “plenamente consciente da dimensão do seu gesto” e que renuncia do cargo por livre e espontânea vontade. Um dos motivos da renúncia seria sua idade avançada. O pontífice completa 86 anos em abril deste ano. Joseph Ratzinger foi o primeiro alemão a ser nomeado Papa desde o século 11. “Após ter repetidamente examinado minha consciência ante Deus, eu tive a certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, não são mais ideais para um adequado exercício do ministério Petrino”, disse o Papa em comunicado. Veja na íntegra, no fim deste post. O pontificado de Bento 16 começou em abril de 2005 e passou rápido. Segundo informações do jornal espanhol El País, um dos grandes favoritos para suceder Bento 16 é o italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, ex-patriarca de Veneza e membro do movimento ultracatólico Comunhão e Liberação. “Nos pegou de surpresa”, afirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Segundo ele, o papa tomou sua decisão com “grande coragem e determinação”, “consciente dos problemas que a igreja enfrenta atualmente”. “Eu declaro que renunciarei ao ministério do Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, a mim confiado pelos cardeais em 19 de abril de 2005″. Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI, disse nesta segunda-feira (11) à France Presse que sabia “havia alguns meses” que o pontífice planejava renunciar ao cargo, por conta de sua idade avançada. Com a saída do Joseph Ratzinger, surgem algumas indagações sobre o futuro do catolicismo e as profecias do fim do fim. Quem foi o primeiro papa? Quem está com a verdade? Quem manda na Igreja? Joseph Ratzinger vai dedicar-se a oração. A Igreja católica preparou uma relação de papas, em que o apóstolo Pedro aparece como sendo o primeiro. Contudo, a história e a Bíblia não sustentam esta pretensão. Foi no quarto século de nossa era que mudanças aconteceram na política da Igreja primitiva, quando foram introduzidos conceitos metropolitanos e patriarcais no sistema episcopal. Havia quatro principais pretendentes a liderança da Igreja – os bispos de Roma, Constantinopla, Antioquia e Alexandria – sendo Roma e Constantinopla os predominantes. A transferência da sede do governo imperial para Constantinopla, em 330 AD, contribuiu pesadamente para dar o primado ao bispo de Roma, porque agora era a figura mais importante na capital ocidental – Roma. O bispo de Roma, no trono dos Césares, se tornou o maior homem do Ocidente e logo foi forçado (quando os bárbaros invadiram o império) a tornar-se o chefe político e espiritual. Nascia um novo império eclesiástico – a união da Igreja Católica com o governo civil de Roma, tomando a forma da gigantesca Igreja Romana. A última doação do imperador Constantino, entregando ao papa Silvestre o palácio imperial e a insígnia, e ao clero os orçamentos do exército imperial, representa, sem dúvida, uma transferência de poder. A igreja deixava de ser peregrina, perseguida e estrangeira, para se estabelecer como uma das mais poderosas organizações da Terra. É a partir daí que o papado adquire, formalmente, as suas características definitivas. Por isso, Silvestre (314 – 335 AD) pode ser considerado o primeiro papa. A Igreja Católica toma a passagem de Mateus 16:13-20, como base para sua pretensão de que Pedro recebeu de Cristo uma posição de liderança da Sua Igreja, se tornando assim o primeiro papa. Esta declaração de Cristo, “sobre esta pedra”, tem sido interpretada de várias formas: 1º – a pedra simbolizando Pedro. 2º – a pedra simbolizando a fé que Pedro demonstrou em Jesus. 3º – a pedra simbolizando Cristo. Nós podemos chegar a uma conclusão inequívoca quando pesquisamos a Palavra de Deus em busca da verdade sobre este assunto, especialmente nos escritos dos apóstolos que ouviram pessoalmente esta declaração de Jesus. O próprio Pedro jamais se referiu a si mesmo como sendo esta pedra, mas de forma clara e consistente, ele diz que esta pedra representa Cristo. Ele chega ao ponto de dizer que não há nenhum outro nome debaixo do céu, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos, a não ser através desta Pedra, rejeitada pelos homens (Atos 4:8-12; I Pedro 2:4-8). O nosso Senhor usou várias vezes este símbolo da pedra referindo-se a Si mesmo (Mat. 21:42; Lucas 20:17-18). Em outras partes da Bíblia encontramos diversas passagens que relacionam a pedra como um termo específico para Deus (Deut. 32:4; Salmos 18:2 e outros). Isaías 32:2, fala da grande Rocha em terra sedenta e da Pedra preciosa, angular, solidamente assentada (Is. 28:16). Em (I Cor. 10:4), Paulo diz que esta Pedra era Cristo (ver também II Samuel 22:32; Salmos 18:31). Jesus também se referiu a Pedra como sendo a Sua Palavra, a qual é o único alicerce seguro para o homem (Mateus 7:24-25), e que Ele é a Palavra Viva (João 1:1; Marcos 8:38; João 3:34; 6:63,68; 17:8). Paulo claramente afirma que Cristo é o único fundamento da Igreja (I Cor. 3:11). Pedro também diz que Cristo é o fundamento (a Rocha) sobre o qual construímos o templo espiritual como pedras vivas, ou tijolos, (ver Efésios 2:21; I Pedro 2:4-8). Quando Pedro fez sua declaração de fé, o fez em nome de todos os demais discípulos, pois a pergunta havia sido feita para o grupo. Nenhum dos discípulos jamais entendeu que Jesus estava concedendo a Pedro uma distinção especial entre eles. Tanto é que continuavam discutindo sobre quem seria o maioral entre eles. Caso Jesus tivesse dado a Pedro uma posição de liderança não haveria mais motivo para tanta discussão. Os escritores do Novo Testamento jamais fizeram menção de qualquer autoridade revestida sobre Pedro, muito pelo contrário, pois em várias ocasiões Pedro foi publicamente advertido por eles. Os pais da Igreja, como Augustinho e Crisóstomo, jamais aceitaram a idéia de Pedro como sendo o chefe supremo da Igreja. O historiador Eusébio, cita uma declaração de Clemente de Alexandria, na qual ele afirma que no concílio de Jerusalém, Pedro, Tiago e João não disputavam pela supremacia da Igreja, mas que escolheram Tiago o Justo, para ser o líder entre eles (ver Atos 15). Como então se deve interpretar esta passagem? Na língua grega existem dois termos para pedra: 1º – “petra” que significa uma enorme massa de rocha, a qual além de ser grande, é fixa ou imovível; 2º – “petros” que significa uma pequena pedra, ou um pedregulho. Assim podemos dizer que Cristo se dirigiu a Pedro desta forma: Tu és “petros” (pedregulho) e sobre esta “petra” (rocha, se referindo a Si mesmo), construirei a minha Igreja. Na parábola registrada em Mateus 7:24-27, Cristo diz que o homem sábio constrói sua casa sobre a Rocha, e que qualquer edifício construído sobre “Pedro”, ou sobre um homem falho como este discípulo, era mesma coisa que construir sua casa sobre a areia. Uma edificação sobre a Rocha sofreria tantas mudanças como as que aconteceram ao longo da história? A lista de ‘papas’ parece interminável. A Igreja de Cristo deve ficar edificada sobre Ele e não sobre homens. A Igreja Católica Apostólica Romana é a igreja cristã mais antiga do Ocidente. Sua sede fica no Vaticano. Eis a linha sucessória dos Papas: 2005 – Bento XVI (Joseph Ratzinger) 1978 – João Paulo II (Karol Woityla) 1978 – João Paulo I (Albino Luciani) 1963 – 1978: Paulo VI (Giovanni Battista Montini) 1958 – 1963: João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli) 1939 – 1958: Pio XII (Eugenio Pacelli) 1922 – 1939: Pio XI (Achille Ratti) 1914 – 1922: Bento XV (Giacomo Marchese della Chiesa) 1903 – 1914: Pio X (Giuseppe Sarto) 1878 – 1903: Leão XIII (Giocchino Vincenzo de Pecci) 1846 – 1878: Pio IX (Giovanni Conte Mastai-Ferretti) 1831 – 1846: Gregório XVI (Bartolomeo Cappellari) 1829 – 1830: Pio VIII (Francesco Saverio Castiglioni) 1823 – 1829: Leão XII (Annibale della Genga) 1800 – 1823: Pio VII (Luigi Barnaba Chiaramonti) 1775 – 1799: Pio VI (Giovanni Angelo Conte Braschi) 1769 – 1774: Clemente XIV (Lorenzo Ganganelli) 1758 – 1769: Clemente XIII (Carlo Rezzonico) 1740 – 1758: Bento XIV (Prospero Lambertini) 1730 – 1740: Clemente XII (Lorenzo Corsini) 1724 – 1730: Bento XIII (Pietro Francesco Orsini) 1721 – 1724: Inocêncio XIII (Michelangelo Conti) 1700 – 1721: Clemente XI (Giovanni Francesco Albani) 1691 – 1700: Inocêncio XII (Antonio Pignatelli) 1689 – 1691: Alexandre VIII (Pietro Ottoboni) 1676 – 1689: Inocêncio XI (Benedetto Odescalchi) 1670 – 1676: Clemente X (Emilio Altieri) 1667 – 1669: Clemente IX (Giulio Rospigliosi) 1655 – 1667: Alexandre VII (Fabio Chigi) 1644 – 1655: Inocêncio X (Giambattista Pamphili) 1623 – 1644: Urbano VIII (Maffeo Barberini) 1621 – 1623: Gregório XV (Alessandro Ludovisi) 1605 – 1621: Paulo V (Camillo Borghesi) 1605 – Leão XI (Alessandro Ottaviano de Medici) 1592 – 1605: Clemente VIII (Ippolito Aldobrandini) 1591 – Inocêncio IX (Giovanni Antonio Facchinetti) 1590 – 1591: Gregório XIV (Niccolo Sfondrati) 1590 – Urbano VII (Giambattista Castagna) 1585 – 1590: Sisto V (Felici Peretti) 1572 – 1585: Gregório XIII (Ugo Boncompagni) 1566 – 1572: Pio V (Michele Ghislieri) 1559 – 1565: Pio IV (Giovanni Angelo de Medici) 1555 – 1559: Paulo IV (Gianpetro Caraffa) 1555: Marcelo II (Marcelo Cervini) 1550 – 1555: Júlio III (Giovanni Maria del Monte) 1534 – 1549: Paulo III (Alessandro Farnese) 1523 – 1534: Clemente VII (Giulio de Medici) 1522 – 1523: Adriano VI (Adriano de Utrecht) 1513 – 1521: Leão X (Giovani de Medici) 1503 – 1513: Júlio II (Giuliano della Rovere) 1503: Pio III (Francesco Todeschini-Piccolomini) 1492 – 1503: Alexandre VI (Rodrigo de Bórgia) 1484 – 1492: Inocêncio VIII (Giovanni Battista Cibo) 1471 – 1484: Sisto IV (Francesco della Rovere) 1464 – 1471: Paulo II (Pietro Barbo) 1458 – 1464: Pio II (Enea Silvio de Piccolomini) 1455 – 1458: Calisto III (Alfonso de Bórgia) 1447 – 1455: Nicolau V (Tomaso Parentucelli) 1431 – 1447: Eugênio IV (Gabriel Condulmer) 1417 – 1431: Martinho V (Odo Colonna) 1410 – 1415: João XXII (Baldassare Cossa) 1409 – 1410: Alexandre V (Pedro Philargi de Candia) 1406 – 1415: Gregório XII (Angelo Correr) 1404 – 1406: Inocêncio VII (Cosma de Migliorati) 1389 – 1404: Bonifácio IX (Pietro Tomacelli) 1378 – 1389: Urbano VI (Bartolomeo Prignano) 1370 – 1378: Gregório XI (Pedro Rogerii) 1362 – 1370: Urbano V (Guillaume de Grimoard) 1352 – 1362: Inocêncio VI (Etienne Aubert) 1342 – 1352: Clemente VI (Pierre Roger de Beaufort) 1334 – 1342: Bento XII (Jacques Fournier) 1316 – 1334: João XXII (Jacques Duèse) 1305 – 1314: Clemente V (Bertrand de Got) 1303 – 1304: Bento XI (Nicolau Boccasini) 1294 – 1303: Bonifácio VIII (Bento Gaetani) 1294: Celestino V (Pietro del Murrone) 1288 – 1292: Nicolau IV (Girolamo Masei de Ascoli) 1285 – 1287: Honório IV (Giacomo Savelli) 1281 – 1285: Martinho IV (Simão de Brion) 1277 – 1280: Nicolau III (Giovanni Gaetano Orsini) 1276 – 1277: João XXI (Pedro Juliani) 1276: Adriano V (Ottobono Fieschi) 1276: Inocêncio V (Pedro de Tarantasia) 1271 – 1276: Gregório X (Teobaldo Visconti) 1265 – 1268: Clemente IV (Guido Fulcodi) 1261 – 1264: Urbano IV (Jacques Pantaleon de Troyes) 1254 – 1261: Alexandre IV (Reinaldo, conde de Segni) 1243 – 1254: Inocêncio IV (Sinibaldo Fieschi) 1241: Celestino IV (Gaufredo Castiglione) 1227 – 1241: Gregório IX (Hugo, conde de Segni) 1216 – 1227: Honório III (Censio Savelli) 1198 – 1216: Inocêncio III (Lotário, conde de Segni) 1191 – 1198: Celestino III (Jacinto Borboni-Orsini) 1187 – 1191: Clemente III (Paulo Scolari) 1187: Gregório VIII (Alberto de Morra) 1185 – 1187: Urbano III (Humberto Crivelli) 1181 – 1185: Lúcio III (Ubaldo Allucingoli) 1159 – 1180: Alexandre III (Rolando Bandinelli de Siena) 1154 – 1159: Adriano IV (Nicolau Breakspeare) 1153 – 1154: Anastácio IV (Conrado, bispo de Sabina) 1145 – 1153: Eugênio III (Bernardo Paganelli de Montemagno) 1144 – 1145: Lúcio II (Gherardo de Caccianemici) 1143 – 1144: Celestino II (Guido di Castello) 1130 – 1143: Inocêncio II (Gregorio de Papareschi) 1124 – 1130: Honório II (Lamberto dei Fagnani) 1119 – 1124: Calisto II (Guido de Borgonha, arcebispo de Viena) 1118 – 1119: Gelásio II (João de Gaeta) 1099 – 1118: Pascoal II (Rainério, monge de Cluny) 1088 – 1099: Urbano II (Odo, cardeal-bispo de Óstia) 1086 – 1087: Vítor III (Desidério, abade de Monte Cassino) 1073 – 1085: Gregório VII (Hildebrando, monge) 1061 – 1073: Alexandre II (Anselmo de Baggio) 1058 – 1061: Nicolau II (Geraldo de Borgonha, bispo de Florença) 1058 – 1059: Bento X (João de Velletri) 1057 – 1058: Estevão IX (Frederico, abade de Monte Cassino) 1055 – 1057: Vítor II (Geraldo de Hirschberg) 1049 – 1054: Leão IX (Bruno, conde de Egisheim-Dagsburg) 1048: Dâmaso II (Poppo, conde de Brixen) 1046 – 1047: Clemente II (Suidgero de Morsleben) 1045 – 1046: Gregório VI (João Graciano Pierleone) 1033 – 1046: Bento IX (Teofilato de Túsculo) 1024 – 1032: João XIX (conde de Túsculo) 1012 – 1024: Bento VIII (conde de Túsculo) 1009 – 1012: Sérgio IV (Pietro Buccaporci) 1003 – 1009: João XVIII (João Fasano de Roma) 1003: João XVII (Giovanni Sicco) 999 – 1003: Silvestre II (Gerberto de Aurillac) 996 – 999: Gregório V (Bruno de Carínthia) 985 – 996: João XV 983 – 984: João XIV (Pedro Canipanova) 974 – 983: Bento VII 972 – 974: Bento VI 965 – 972: João XIII (João de Nardi) 964: Bento V 963 – 965: Leão VIII 955 – 964: João XII 946 – 955: Agapito II 942 – 946: Marino II (ou Martinho III) 939 – 942: Estevão VIII 936 – 939: Leão VII 931 – 935: João XI 928 – 931: Estevão VII 928: Leão VI 914 – 928: João X (João de Tossignano, arcebispo de Ravena) 913 – 914: Lando 911 – 913: Anastácio III 904 – 911: Sérgio III 903 – 904: Cristóvão 903: Leão V 900 – 903: Bento IV 898 – 900: João IX 897: Teodoro II 897: Romano 896 – 897: Estevão VI 896: Bonifácio VI 891 – 896: Formoso 885 – 891: Estevão V 884 – 885: Adriano III 882 – 884: Marino I (ou Martinho II) 872 – 882: João VIII 867 – 872: Adriano II 858 – 867: Nicolau I 855 – 858: Bento III 847 – 855: Leão IV 844 – 847: Sérgio II 827 – 844: Gregório IV 827: Valentim 824 – 827: Eugênio II 817 – 824: Pascoal I 816 – 817: Estevão IV 795 – 816: Leão III 772 – 795: Adriano I 768 – 772: Estevão III 757 – 767: Paulo I 752 – 757: Estevão II 752: Estevão [II] (pontificado de apenas quatro dias) 741 – 752: Zacarias 731 – 741: Gregório III 715 – 731: Gregório II 708 – 715: Constantino 708: Sisínio 705 – 707: João VII 701 – 705: João VI 687 – 701: Sérgio I 686 – 687: Cônon 685 – 686: João V 683 – 685: Bento II 682 – 683: Leão II 678 – 681: Agatão 676 – 678: Dono 672 – 676: Adeodato II (ou Deusdedite II) 657 – 672: Vitaliano 654 – 657: Eugênio I 649 – 655: Martinho I 642 – 649: Teodoro I 640 – 642: João IV 638 – 640: Severino 625 – 638: Honório I 619 – 625: Bonifácio V 615 – 618: Adeodato I (ou Deusdedite I) 608 – 615: Bonifácio IV 606 – 607: Bonifácio III 604 – 606: Sabiniano 590 – 604: Gregório I Magno 579 – 590: Pelágio II 575 – 579: Bento I 561 – 574: João III 556 – 561: Pelágio I 537 – 555: Vigílio 536 – 537: Silvério 535 – 536: Agapito (ou Agapeto) 533 – 535: João II 530 – 532: Bonifácio II 526 – 530: Félix III 523 – 526: João I 514 – 523: Hormisdas 498 – 514: Símaco 496 – 498: Anastácio II 492 – 496: Gelásio I 483 – 492: Félix II 468 – 483: Simplício 461 – 468: Hilário (ou Hilaro) 440 – 461: Leão I Magno 432 – 440: Sisto III 422 – 432: Celestino 418 – 422: Bonifácio I 417 – 418: Zózimo 402 – 417: Inocêncio I 399 – 402: Anastácio I 384 – 399: Sirício 366 – 384: Dâmaso I 352 – 366: Libério 337 – 352: Júlio I 336: Marcos 314 – 335: Silvestre I 310 – 314: Melcíades 308 – 310: Eusébio 307 – 309: Marcelo I 296 – 304: Marcelino 282 – 296: Caio 274 – 282: Eutiquiano 268 – 274: Félix I 260 – 268: Dionísio 257 – 258: Sisto II 254 – 257: Estevão I 253 – 254: Lúcio I 251 – 253: Cornélio 236 – 250: Fabiano 235 – 236: Antero 230 – 235: Ponciano 222 – 230: Urbano I 217 – 222: Calisto I 199 – 217: Zeferino 189 – 199: Vítor I 174 – 189: Eleutério 166 – 174: Sotero 154 – 165: Aniceto 143 – 154: Pio I 138 – 142: Higino 125 – 138: Telésforo 116 – 125: Sisto I 107 – 116: Alexandre I 101 – 107: Evaristo 90 – 101: Clemente I 79 – 90: Anacleto (ou Cleto) 64 – 79: Lino COMUNICADO Queridos irmãos, Eu convoquei vocês para esse Consistório, não apenas para as três canonizações, mas também para comunicá-los de uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Após ter repetidamente examinado minha consciência ante Deus, eu tive a certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, não são mais ideais para um adequado exercício do ministério Petrino. Eu estou bem consciente de que esse ministério, devido à sua essencial natureza espiritual, deve ser realizado não só com palavras e ações, mas não menos com orações e sofrimento. Contudo, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de profunda relevância para a vida da fé, de modo a governar a casa de São Pedro e proclamar o Evangelho, ambas as forças mental e de corpo são necessárias, forças que em mim nos últimos meses se deterioraram a um ponto que eu tenho de reconhecer minha incapacidade para cumprir adequadamente o ministério a mim confiado. Por esta razão, e totalmente ciente da seriedade do ato, com toda a liberdade eu declaro que renunciarei ao ministério do Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, a mim confiado pelos cardeais em 19 de abril de 2005, de maneira que, a partir das 20h do dia 28 de fevereiro, a Sé de Roma, a Sé de São Pedro, estará vaga e um Conclave para eleger o novo Sumo Pontífice deverá ser convocado por aqueles competentes para isso. Queridos irmãos, eu os agradeço com muita sinceridade por todo amor e trabalho com o qual vocês apoiaram o meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. E agora, confiemos a nossa Santa Igreja aos cuidados de nosso Supremo Pastor, nosso Senhor Jesus Cristo, e implorar que sua sagrada Mãe Maria para que ela ajude os Padre Cardeais com a sua solicitude materna na eleição do novo Sumo Pontífice. Em relação a minha pessoa, eu desejo também devotadamente servir a Santa Igreja de Deus no futuro através de uma vida dedicada a orações. Bento XVI Lembre-se: Cristo é o único fundamento da Igreja (I Cor. 3: De acordo com um documento secreto publicado no jornal italiano ll Fatto Quotidiano, o atual Papa Bento XVI vai morrer dentro de 12 meses. Como em uma novela de intriga, o documento que vazou revela uma luta de poder dentro do Vaticano -------------------------------------------------------------------------------- 12 -------------------------------------------------------------------------------- (Crédito: MIMMO FERRARO / Shutterstock.com) Com o tempo, vários papas foram assassinados em circunstâncias diferentes, e houve várias tentativas de assassinato Segundo o jornal italiano ll Fatto Quotidiano, uma carta anônima datada em 30 de dezembro de 2011 foi entregue em janeiro deste ano à Secretaria de Estado do Vaticano e ao secretário particular do Papa pelo Cardeal Dario Castrillon Hoyos, da Colômbia. » Lei obriga estudantes a rezarem o "Pai Nosso" na Bahia » Metodista divulga duas bolsas de doutorado em Comunicação Social e Ciência Religiosa Escrita em alemão, e descrita como "estritamente confidencial", a trama começa descrevendo as conversas que o Cardeal Paolo Romeo, Arcebispo de Palermo, teve com um empresário italiano durante uma viagem a Pequim, na China. O documento revela que durante as conversações na China, o cardeal Romeo previu a morte do Papa Bento XVI nos próximos 12 meses. Sua demonstração foi feita com tal vigor que o vaticano chegou a pensar que o Cardeal tinha elaborado um plano para atacar a vida do Papa. Segundo o escritor anônimo, o cardeal Romeo nunca poderia ter imaginado que a sua declaração indiscreta chegaria ao Vaticano. A carta afirma que Romeo, que tem uma longa carreira como diplomata do Vaticano e pertence à ala conservadora da Igreja, criticou fortemente a decisão de Bento XVI por este se focar muito na liturgia. A carta prossegue com a incrível previsão da morte de Bento XVI. Ela também revela que o Papa estaria trabalhando secretamente em sua propriedade e teria escolhido o cardeal Angelo Scola como o próximo Papa. O Cardeal Scola, patriarca antigo de Veneza, foi promovido a arcebispo de Milão pelo Papa Bento XVI em junho do ano passado. Ainda segundo a carta, Scola estaria se preparando em longo prazo para se tornar o próximo Papa. O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que a carta é algo tão distante da realidade que nem sequer merece comentário. De acordo com ll Fatto Quotidiano, o documento que vazou fornece evidência adicional de que uma luta de poder ocorre dentro do Vaticano. O mesmo jornal também publicou recentemente uma carta do arcebispo Carlo Maria Vigano, atual embaixador de Bento XVI em Washington, contendo graves acusações de má gestão, corrupção e ganância dentro do Vaticano. Histórico de ataques no Vaticano: Com o tempo, vários papas foram assassinados em circunstâncias diferentes, e houve várias tentativas de assassinato. O ataque mais recente foi sofrido por João Paulo II, que morreu em 2005, e foi baleado pelo turco Mehmet Ali Agca, na Praça de São Pedro, em Roma. Em 1978, João Paulo I morreu repentinamente após um reinado de apenas 33 dias. Um ataque cardíaco foi a causa oficial da morte, embora muitas teorias de conspiração surgiram rapidamente alegando que o Papa tinha sido envenenado porque o Vaticano pretendia expor um escândalo relacionado com suas atividades bancárias

Papa Bento XVI Desiste da igreja e anuncia demissão

A Rádio Vaticano divulgou a informação de que o papa Bento XVI anunciou nesta segunda-feira que se demitirá no dia 28 de fevereiro. Eis o texto integral do anúncio:
“Caríssimos Irmãos, convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice. Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus". Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013. BENEDICTUS PP XVI